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Isto É Peanurs

3 cenários prováveis para o jogo de domingo

Ah, a França. Que vontade que todos tínhamos de jogar contra a França. Confesso que, mais do que querer que Portugal ganhe, quero que a França perca. Porquê? Porque sou portuguesa e ainda por cima sou adepta de futebol. Qualquer pessoa que possua uma destas caraterísticas quer que a França perca. Quem possui os dois, quer ainda mais. Numa espécie de antevisão do jogo, trago-vos os três cenários mais prováveis para domingo (por ordem):

 

A goleada da França

 

Sejamos honestos, se dão 2 à Alemanha, dão 10 a Portugal. Afinal a Alemanha só tinha sofrido 1 golo até agora e tem alguns dos melhores jogadores do mundo. Além disso nós temos o Rui Patrício e eles têm o Neuer, que é só o melhor guarda-redes do mundo. É rezar para que o Griezmann se lesione antes do jogo…

 

A vitória da França

 

O resultado é mesmo do anterior, mas neste caso não somos humilhados. Verdade seja dita, prefiro levar logo 5 em 20 minutos *cof cof Brasil cof cof* do que estar a sofrer até ao fim e o árbitro arranjar uma mão na bola de um jogador qualquer na área *cof cof Schweinsteiger cof cof* para resolver o jogo para a França.

 

O empate

 

No fundo todos nós queremos 120 minutos de jogo e depois rezar para que o Lloris não defenda nada. Parece-me improvável, mas um empate nos 90 minutos não é uma hipótese assim tão rebuscada. Imaginem que, com um golpe de sorte, o Renato pega na bola e vai até à área francesa sem levar um pontapé nas canelas do Pogba. Chega lá, cruza e o Nani marca. Isto aos 10 minutos de jogo. Entretanto o Fernando Santos mete mais um central e um médio defensivo e aguentamos até aos 90 minutos a ganhar. Nessa altura o Bruno Alves (o central que entrou) dá um pontapé na cara do Griezmann dentro da área, é expulso e há golo para a França. Na meia hora de compensação a França marca dois ou três e ganha.

 

 

 

Com isto tudo, importa dizer que as hipóteses de Portugal vencer são mínimas, até porque todos sabemos que se a França não ganhar de uma maneira, ganha da outra. Por isso e porque Portugal não joga nada, mas “entre jogar bonito e estar em casa ou jogar feio e estar aqui, prefiro ser feio”. É por isto que preferia que a Alemanha tivesse ganho ontem. O meu conselho é: vão apostar uns euros na vitória francesa. Se perderem o dinheiro, ficam felizes e se o ganharem também.

 

E domingo, se perdermos, que se f*da!

10 provérbios que deviam ser alterados

A prestação portuguesa neste Euro está de tal forma entusiasmante que me parece lógico que comecemos a alterar pequenos aspetos da nossa cultura para homenagear a tática que Fernando Santos instaurou nesta equipa. Assim sendo, proponho que alguns dos mais conhecidos provérbios portugueses sejam alterados e até tenho algumas propostas:

 

Mais vale um empate na mão, que uma vitória a voar.

 

Empate a empate enche Portugal o papo.

 

A empatar se vai ao longe.

 

Diz-me com quem empatas, dir-te-ei quem és.

 

Enquanto há empate, há esperança.

 

Há empates que vêm por bem.

 

No empatar é que está o ganho.

 

O empate é a alma do negócio.

 

Para grandes males, grandes empates.

 

Quem empata por último, empata melhor.

 

Agora é uma questão de começar a usar estas expressões para ver se as interiorizamos.

Empatar três jogos é bom ou mau?

O povo português está divido. Como sempre, as questões fraturantes da sociedade debatem-se com o maior afinco. Será Fernando Santos o homem certo para comandar a equipa portuguesa? Os três empates contra adversários inferiores foram bons? A qualificação em terceiro lugar que permitiu evitar os tubarões foi excelente ou não deviam ter jogado para o empate com a equipa B da Hungria? São as questões que preocupam os portugueses neste momento.

 

Aliás, a discussão sobre se o Moutinho deve ou não ser titular é mais importante na vida de qualquer português do que o Brexit ou qualquer outro assunto realmente relevante para a sociedade. Não sei porque é que se discute sequer este tema. É lógico que a resposta é não e só o Fernando Santos é que não vê isso.

 

Decorrente deste assunto que parece estar a dividir os portugueses, decidi fazer um esquema que resume basicamente as duas opiniões mais populares:

 

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Escusado será dizer que, como qualquer pessoa com olhos na cara, eu faço parte do grupo que acha que esta seleção é uma miséria. Assim sendo, vejo-me na obrigação de responder aos argumentos daqueles que acham que somos "muita" bons.

 

1. Não era um grupo fácil? Então o que é que é um grupo fácil? Gibraltar, Luxemburgo e São Marino?

 

2. Pode acontecer tudo se a Croácia não jogar nada, porque se jogar metade do que jogou com  a República Checa ou Espanha, comprem já o bilhete de regresso;

 

3. Defender o resultado contra as sobras da Hungria? Depois a Islândia é que tem mentalidade pequena;

 

4. Não vale a pena falar dos não-passes e dos livres mal marcados pois não?

Euro 2016: quem culpar em caso de mau desempenho?

A caminhada de Portugal no Euro 2016 começa hoje e, como eu não quero que ninguém se preocupe com mais nada que não seja vencer jogos, decidi fazer parte do trabalho da FPF. Assim sendo, de seguida apresento uma lista de razões que poderão explicar o mau desempenho da seleção no Euro. Senhores da FPF, sintam-se à vontade para usufruir de qualquer uma destas razões.

 

1. O tempo


Diz o Google que se vai fartar de chover nos próximos dias. Não sendo o tempo instável que havia no Brasil, penso que serve perfeitamente como justificação.

 

2. Os médicos


Foram os grandes culpados do último Mundial e por isso talvez ainda seja cedo para voltar a culpá-los de novo por um falhanço qualquer, mas não havendo mais opções…

 

3. O selecionador


O treinador é sempre o primeiro a culpar em caso de derrota não é? E um treinador que convoca o Éder tem ainda mais razões para ser culpado.

 

4. O Nani


Finalmente a maioria das pessoas começaram a ver o quão mau jogador é o Nani. Eu faço o mesmo que ele em campo com o benefício de ser mais pequena e por isso estorvar menos. Mas aqui talvez o grande culpado continue a ser o selecionador.

 

5. Todos menos o Ronaldo


Seguindo as declarações do nosso grande capitão depois da eliminação no último Mundial: se jogassem todos como ele, tinham ganho. Portanto e culpa é dos outros que não sabem jogar à bola.

 

6. O terrorismo


Sempre ouvi dizer que o medo paralisa. Talvez seja por isso que o Rui Patrício não se vai conseguir mexer para defender golos.


E vocês, que sugestões dão à FPF?

 

 

A (minha) música de apoio à selecção

Tenho ouvido muita gente a queixar-se da música e apoio à selecção para este Euro. Uns dizem que é uma seca. Outros dizem que a letra é péssima e há ainda quem diga que já vamos com música de funeral e ainda nem começámos a jogar. E depois há aqueles como eu que dizem isto tudo. Ora, dizer mal é muito fácil, mas não vi ninguém a tentar fazer melhor. É por isso mesmo que eu cá estou. Por isso e para provar a quem me conhece que consigo sempre alcançar um novo nível de estupidez. Tentei, em meia hora, fazer melhor (ênfase no tentei) e o resultado foi este:

 

 

 

A ideia inicial era fazer com uma música dos Dama ou do Anselmo para espelhar melhor o gosto musical da maioria dos portugueses, mas ninguém tem noção do quão complicado é arranjar instrumentais de músicas portuguesas. Acabei por encontrar a "Única Mulher" que ia substituir por "única selecção" mas acontece que, à semelhança do Anselmo, também me custa bastante atingir aquela nota mais alta e como as minhas qualidades de edição de som não são lá grande coisa optei por não arriscar.

 

Vale a pena esclarecer algumas coisas: eu não sou o Pedro Abrunhosa. O meu nível de canto resume-se ao "canto ao volante" e é quando não estou acompanhada. Também não tenho os recursos técnicos dele e portanto a gravação não poderia sofrer edições. Gravação essa feita com o gravador do computador (com imensa qualidade como devem calcular).

 

Outra coisa importante que quero esclarecer é o facto de eu dizer "Austría". Eu sei perfeitamente que se diz Áustria, mas a mudança de sílaba tónica deu-me imenso jeito para efeitos de rima. Por falar em rima, vocês sabem lá o que é arranjar uma palavra que rime com croissants. Pensei em trocar para baguete, mas não era grande solução, tendo em conta que só me conseguia lembrar de croquete.

 

Last but not least, isto foi feito em meia hora (escrever a letra e gravar a voz) por alguém que se interessa bem mais pelo seu clube do que pela selecção. Se eu fiz isto em meia hora, o Abrunhosa conseguia bem melhor em 5 minutos e mesmo assim apresentou a pior música de apoio à selecção de sempre.

O melhor onze para vencer o Euro

Há já muito tempo que andamos para ganhar Europeus e Mundiais e nunca os ganhamos. Despedem-se treinadores, culpam-se departamentos médicos, rogam-se pragas ao São Pedro, mas ninguém se lembra que, se calhar, não ganhamos porque não temos equipa para isso. É precisamente por isso que venho facilitar as contas ao Fernando Santos e apresentar uma equipa cheia de craques e capaz de ganhar a qualquer outra (pelo menos da fase de grupos).

 

Guarda-redes: Oblak. Sim, eu sei que ele é Esloveno e que depois de jogar por uma seleção não se pode jogar por outra, mas havemos de arranjar maneira. Afinal a Eslovénia nunca está presente nas grandes competições e ele há-de falar melhor português que o Danny. 

 

Defesas centrais: Pepe e Bruno Alves. Eu sei que devemos apostar na renovação da seleção e essa coisas todas, mas não nenhuma dupla de centrais capaz de assustar mais os adversários que esta.

 

Defesa esquerdo: Eliseu. O Eliseu é, como todos sabem, o melhor jogador português da atualidade (senão mesmo de todo o sempre) e parece-me apenas lógico que tenha lugar nesta equipa. 

 

Defesa direito: Vieirinha. Porque sim.

 

Médios: Raúl Meireles, William Carvalho, Renato Sanches. O Raúl Meireles vai para assustar o pessoal com aquela barba e tatuagens e se isso não chegar há sempre os centrais. O William vai porque é o melhor jogador de sempre (dizem os sportinguistas) e para o Bruno de Carvalho não emitir demasiados comunicados que possam destabilizar a equipa. O Renato Sanches vai porque dá bom ar ter um jogador do Bayern na equipa.

 

Extremos: Todos menos o Nani. Quaresma, Ronaldo, Danny ou quem quiserem. Vão todos fazer um mau trabalho, mas nunca tão mau quanto o Nani.

 

Ponta-de-lança: Makukula ou um cone. Inicialmente ia sugerir o Jonas, mas entretanto o Brasil lembrou-se que ele ainda existia e as restantes opções seriam Éder, Postiga ou Hugo Almeida. Pelo menos o Makukula tem um nome engraçado.

 

 

Agora digam-me que não ganhávamos o Euro com esta equipa...

O Continente prometeu-me dois jogos pelo preço de um ...

... e eu começo a achar que paguei 5€ e não vou ver jogo nenhum. Sim, porque qualificar aqueles 90 e poucos minutos de ontem como um jogo de futebol é gozar com a cara de quem vê bola há anos. No máximo foi um espetáculo de comédia a começar no cabelo do Quaresma, passando pelo fenomenal golo da Bulgária e acabando no penalti falhado do Ronaldo (se bem que eu era a única a rir-me dos dois últimos pontos no estádio inteiro). Um jogo destes dá fome e sono, felizmente há uma nuteleria relativamente perto do estádio.

 

Mas tudo isto para dizer que, qualquer dia, em vez de o Continente oferecer descontos aos adeptos para irem ver a selecção, têm de lhes pagar porque não compensa estar 30 minutos no pára-arranca depois de ter visto isto. Espero que pelo menos na terça a Bélgica pratique futebol!

 

Mas como boa adepta de futebol que sou, houve três momentos que aplaudi especialmente (até porque também foram os momentos mais aplaudidos no estádio):

 

1. Quando o Renato Sanches foi para o aquecimento;

 

2. Quando o Renato Sanches entrou;

 

3. Quando o puto invadiu o estádio para ir abraçar o Renato Sanches.

 

Notem que o ponto três foi mesmo o mais emocionante do jogo. E ainda tenho amigos que me dizem que a maioria dos leirienses são sportinguistas! Não me lembro dos aplausos para o meio campo...

 

 

Afinal a culpa era mesmo dos médicos

Lembram-se do Mundial 2014 e do departamento médico que levou com as culpas da fraca exibição da selecção? De facto, é possível que a culpa tenha sido dos médicos. O problema é que os médicos foram substituídos e a incompetência é a mesma.

Nélson Semedo foi titular no jogo deste domingo frente à Sérvia e, só quando voltou aos treinos pelo Benfica, se percebeu que estava lesionado e, inclusive, precisava de ser operado ao joelho. No final do jogo não havia lesão nenhuma segundo o departamento médico da selecção. Das duas, uma: ou o Nélson Semedo se lesionou em casa, ou os médicos da selecção são incompetentes.

Talvez fosse plausível que o jogador do Benfica tivesse andado a jogar futsal à noite com o Talisca e se tivesse lesionado assim. Mas depois lembramo-nos do William Carvalho que, um belo dia, veio da selecção sem lesão nenhuma e, chegado ao Sporting, teve de parar até há bem pouco tempo.

Conclusão: há qualquer coisa de errado com o departamento médico da selecção. Se não conseguem perceber que os jogadores estão lesionados, então são incompetentes. Se o percebem e mesmo assim isso não consta dos relatórios, temos um problema bastante mais sério.

Problema tem também o Benfica. Quem é que vai para lateral direito numa altura em que há jogo fora com o Galatasaray e dérbi com o Sporting? O Sílvio? É preferível ir para lá eu. O André Almeida? Pode ser, se o Samaris conseguir continuar a fazer todo o meio campo como fez de cada vez que jogaram o Talisca ou o Pizzi. O Lindelof? É um solução plausível. Aliás, não percebo como é que, depois do Europeu de sub-21 que fez, nunca teve oportunidades.