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Isto É Peanurs

The Handmaid's Tale

 

Há tanto tempo que não falo de séries aqui que me sinto na obrigação de vir falar de uma realmente boa. Felizmente consegui arranjar uma melhor que isso. The Handmaid's Tale é baseada no livro de 1985 com o mesmo nome e a história é surreal mas, ainda assim, não deixa de nos provocar um conjunto enorme de emoções, desde a raiva à incompreensão. 

 

Tentando não dar muitos spoilers, The Handmaid's Tale fala sobre um futuro não muito distante em que os EUA passam a ser Gilead, uma ditadura baseada em ensinamentos cristãos em que as mulheres não têm direito a trabalhar, possuir qualquer bem ou sequer ler. Nós acompanhamos a história através da visão de Offred (cujo nome lhe é dado por estar em casa do comandante de Gilead chamado Fred). Offred é uma handmaid, e o que é uma handmaid? Uma mulher que serve apenas para dar filhos aos comandantes de Gilead, onde há cada vez menos crianças. Cada uma das mulheres férteis que restam em Gilead vai para casa de um dos comandantes e é violada pelos mesmos para que lhe possa dar um filho. Às mulheres não-férteis restam-lhe dois destinos: ou são casadas com um dos comandantes e aceitam ter outras mulheres em suas casas a serem violadas pelos maridos, ou são Marthas (empregadas domésticas). 

 

 

Parece confuso e a verdade é que o primeiro episódio me deixou assim mesmo, mas com o decorrer da série passamos a perceber bem o enredo e a odiar a maioria das personagens ou simpatizar com outras. Os flashbacks são extremamente bem feitos para que consigamos perceber como é que as coisas chegaram ao ponto a que chegaram. A série está tão boa que até me fez começar a ler o livro. São apenas 10 episódios com mais ou menos 50 minutos, que se vêm num ápice.

 

Supernatural ou "a série que faz questionar a nossa sanidade mental"

Que eu tenho problemas mentais já não é novidade, mas cheguei à conclusão que estes são bem mais graves do que eu pensava. Permitam-me que vos faça um resumo do último episódio da 12.ª temporada de Supernatural para perceberem melhor o que quero dizer.

 

Começamos por descobrir que o Crowley afinal não está morto. No último episódio o Lucifer tinha-lhe espetado uma lâmina capaz de matar demónios no lombo mas ele conseguiu esfumar-se para dentro de um rato e reemergir debaixo da terra no seu antigo corpo. Escusado será dizer que no episódio anterior não vimos qualquer fumo a passar do corpo para o rato, mas isso são pormenores.

 

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Nisto há uma mulher que está grávida do Lucifer (long story) e é guardada por um anjo. Eles foram às compras como se não tivessem o maior vilão de todos os tempos à procura deles e a mulher toca no carro e deixa um luz dourada para trás que entretanto se começa a deslocar para formar uma barra vertical de luz dourada.

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Curiosos? O anjo também estava. Por isso mesmo decidiu tocar nessa estranhíssima luz e de repente estava numa espécie de universo alternativo onde os efeitos especiais são feitos no movie maker. Mais tarde descobrimos que este é um mundo onde o Dean e o Sam nunca nasceram e por isso não tiveram a oportunidade de salvar a humanidade 648587884 vezes do apocalipse.

 

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Entretanto Lucifer aparece e que plano genial é que dois humanos, um anjo e um demónio arranjam? "Vamos prendê-lo no mundo alternativo e o pessoal de lá que lide com ele". Para isto o Crowley faz um feitiço, mata-se e no final o Lucifer volta para o universo real porque a luz demorou demasiado tempo a desaparecer. Tanto tempo que a mãe Winchester (que estava morta e ressuscitou no início da temporada) ainda tem tempo de empurrar o Lucifer (que entretanto matou o anjo) para a realidade alternativa e ir juntamente com ele. No final o puto acaba por nascer, a mãe dele morre e agora é esperar pela temporada 13 para ver de que forma trazem de volta o Crowley e o Castiel.

 

Eu sei, isto parece tudo inventado por mim, mas a verdade é que a minha imaginação não é assim tão boa. Há muitos anos que questiono o porquê de ver esta série e ia sempre arranjando uma razão minimamente aceitável. Agora já nem o facto de terem trazido de volta o meu vilão preferido salva isto. É melhor aceitar que tenho problemas mentais sérios até porque não penso deixar de ver a série.

10 coisas que aprendi com House

Depois das 10 coisas que aprendi com Supernatural, pareceu-me (razoavelmente) interessante fazer o mesmo com uma série que toda a gente conhece. Eu estou a fazer maratona de House e falta-me a última temporada mas, tendo em conta que os episódios são sempre iguais, parece-me que já estou apta a fazer uma lista interessante.

 

O primeiro diagnóstico nunca está certo

 

Nem o segundo. Quando o doente estiver quase a morrer é que vamos ficar a saber o que ele tem.

 

Invadir a casa de um doente é a melhor forma de o curar

 

Notem que quando alguém está no hospital não está ninguém em casa dessa pessoa quer ela more sozinha ou não. Mais, assaltar uma casa nos Estados Unidos deve ser uma tarefa bastante fácil. 

 

Podes ser a pior pessoa do mundo e mesmo assim ter amigos

 

Mentiroso, manipulador, egocêntrico... Não importa quantos defeitos tens, há sempre um Wilson neste mundo disposto a ser teu amigo.

 

Qualquer pessoa pode ser tratada pelo melhor médico do mundo

 

Não importa se é um diplomata rico ou uma desempregada como eu. Quem é que paga as despesas? Ninguém sabe.

 

Viajar pode dar sérios problemas de saúde

 

Qualquer local fora dos EUA é extremamente propício ao aparecimento de doenças. É normal, o ar nos EUA não tem qualquer tipo de poluição.

 

Antes de melhorares tens de piorar

 

Piorar muito. Assim quase a chegar ao ponto em que estás mais para lá do que para cá. É uma coisa que se diz regularmente, mas House provou este ditado. 

 

Nunca é doença de Wilson, mas toda a gente a sugere

 

Que doença é esta? 7 temporadas depois e eu ainda não sei porque ninguém a tem mas há sempre alguém que a sugere.

 

Toda a gente deve fazer uma ressonância magnética

 

E uma punção lombar. Curiosamente ninguém consegue fazer a ressonância magnética até ao fim porque começam a entrar em pânico, ou a falar demais, ou a mexer-se demais ou desmaiam...

 

Se fores um génio podes enganar toda a gente sem consequências

 

Podes mentir e pôr a vida do teu paciente em risco que não vais ser despedido.

 

 

Toda a gente mente

 

  old but gold

10 coisas que aprendi com Supernatural

300 temporadas depois, é de esperar que quem segue Supernatural já tenha aprendido umas quantas coisas acerca da série, certo? São precisamente esses ensinamentos que vos venho transmitir hoje.

 

 

O tempo passa mais depressa no inferno

 

Porquê? Ninguém sabe. Se vamos passar lá a eternidade é um bocado irrelevante que um mês terrestre seja igual a 10 anos no inferno.

 

O corpo pode viver sem a alma

 

Dá péssimos episódios, mas é verdade.

 

É possível ter tudo o que precisamos no carro

 

E quando digo tudo, é mesmo tudo. Se acham que as mulheres têm muita tralha na mala, experimentem ver o porta bagagens dos manos Winchester. Todas as armas que possam imaginar, quilos e quilos de sal, litros de água benta e ainda dois guarda roupas inteiros.

 

 

Podemos ter tudo o que queremos em troca da nossa alma

 

Basta procurar uma encruzilhada deserta, meter umas coisas dentro de um caixa enterrada no meio dessa encruzilhada, dizer meia dúzia de palavras e vai aparecer um demónio para fazer um acordo connosco. Podemos pedir o que quisermos e em troca temos de lhe oferecer a nossa alma. Normalmente teremos mais 10 anos de vida. 

 

Desenhar em paredes ou no chão é bastante útil

 

Tem de ser com sangue e têm de ser determinados desenhos, mas uma vez aprendidos, conseguimos teletransportar-nos ou prender demónios ou anjos. 

 

Os anjos não são assim tão bons

 

A maioria são até muito pouco angelicais. É mais fácil fazer um bom acordo com um demónio para que este nos ajude do que pedir a um anjo que o faça.

 

O sal é a solução para tudo

 

Há um fantasma a assombrar-vos? Se souberem quem é, vão ao cemitério, cavem a cova da pessoa, encham-na de sal e deixem o corpo arder. Problema resolvido. Não sabem quem é esse fantasma? Arranjem balas de sal e disparem-lhas. Problema resolvido (durante pouco tempo). Há um demónio a chatear-vos? Façam um círculo de sal, metam-se dentro dele. Problema resolvido. O vosso almoço está insonso? Acho que já perceberam a ideia.

 

 

 

Como fazer um exorcismo

 

Pode parecer uma coisa irrelevante, mas quem sabe se ainda não me vai dar jeito. Para futuros problemas, aqui fica: Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis incursio infernalis adversarii, omnis congregatio et secta diabolica. Ergo, draco maledicte. Ecclesiam tuam securi tibi facias libertate servire, te rogamus, audi nos.

 

É mais difícil derrotar o diabo que um mero demónio

 

O diabo saiu do seu esconderijo e demorou uma temporada a ser enjaulado pelos manos Winchester. Já o demónio dos olhos amarelos matou a mãe deles e só foi apanhado na segunda temporada. 

 

Ninguém morre realmente

 

Leram bem. É possível ressuscitar seja quem for e seja de que forma for. Ou porque um anjo acha que certa pessoa que está nos confins do inferno lhe pode dar jeito, ou porque Deus nos deve um favor. A maneira como se traz a pessoa de volta ao mundo dos vivos pouco importa. O que interessa é que toda a gente pode ressuscitar, até a mãe dos Winchester que estava morta há uns 30 anos.

As melhores séries de 2016

Pensei para comigo mesma que não fazia muito sentido eleger as piores séries de 2016 se não elegesse também as melhores. Entre séries que estrearam este ano e séries que já vão em temporadas avançadas, aqui estão aquelas que eu considerei as melhores do ano passado:

 

American Crime Story

 

 

Confesso que as semelhanças (que são nenhumas) com American Horror Story me fizeram ignorar esta série durante bastante tempo. Foi até uma amiga minha me falar nela e despertar em mim curiosidade. Ao que parece tenho amigos que me conhecem melhor do que eu própria porque eu vi esta série num ápice. Não conhecia bem o caso que esta aborda e portanto para mim era tudo novidade. Também não fui ler nada antes de acabar a temporada, claro. A série é muito bem feita e a caraterização dos atores também muito boa. Tudo muito fiel à realidade e, mesmo eu não sendo grande fã de séries ou filmes adaptados de situações reais, tenho de dar o braço a torcer e admitir que American Crime Story merece todos os louvores.

 

Berlin Station

 

 

Berlin Station é o típico caso de "isto não parece mau, vou ver o pilot" que passa a "o pilot é confuso mas não é péssimo e gostei do personagem principal por isso vou dar uma oportunidade a isto" que rapidamente se transforma em "COMO ASSIM TENHO DE ESPERAR MAIS UMA SEMANA PELO PRÓXIMO EPISÓDIO? PRECISO DELE AGORA". Numa breve descrição: Berlin Station junta agentes da CIA que trabalham na Alemanha (caso não dê para perceber pelo nome). Tudo começa com um Edward Snowden lá do sítio que torna públicos vários documentos secretos da CIA e a história acaba por girar à volta disso. Ao início pode parecer um pouco confuso, mas à medida que a série avança fica tudo mais claro.

 

Designated Survivor

 

 

O que posso eu dizer mais sobre esta série? Elegi-a como uma das melhores estreias da fall season e continuo a achar o mesmo. Aliás, as pessoas sabem o quanto as chateio para verem esta série. E não é ao acaso que eu o faço. A série é mesmo boa. É aquele tipo de série em que cada episódio nos deixa ansiosos pelo seguinte e em que não sabemos de que personagens desconfiar ou não. E agora só em março. Vocês sabem lá o drama que é esperar pelo próximo episódio. 

 

Mozart In The Jungle

 

 

Apesar de ainda não ter visto a terceira temporada (que saiu no final de dezembro) e mesmo que a segunda tenha saído no final de 2015, eu via- em 2016 por isso faz sentido incluí-la na lista. Comecei a ver Mozart In The Jungle num dia em que não me apetecia ver uma série de 40 minutos. Já passava da meia-noite e eu queria ir dormir daí a pouco e lá estava o pilot mesmo à minha frente. Escusado será dizer que não vi apenas o pilot. A segunda temporada, apesar de diferente da primeira, mantém a qualidade, os personagens peculiares e a música clássica. Há uma razão para a série ter recebido um Globo de Ouro no ano passado e este ano estar novamente nomeada.

 

Mr. Robot

 

 

Provavelmente a série mais bem escrita que já vi. Há quem tenha achado a segunda temporada um bocadinho "seca" mas a verdade é que até nos momentos em que a história não evolui grande coisa, a série é genial. Aquele discurso sobre Deus ainda me faz pensar e  ter uma série que faz pensar é raro nos dias de hoje. Além disso, o momento da série em que percebemos que *spoiler alert* ele afinal está na prisão a imaginar aquilo tudo é tão bom ou melhor que aquele da primeira temporada em que percebemos que afinal o pai dele está morto. Ainda agora me chateia o facto de o Tyrell não ter aparecido mais cedo na temporada, mas não se pode ter tudo. 

 

Last Man Standing

 

 

Esta é a série mais random desta lista e está aqui precisamente como oposição a The Big Bang Theory. Se uma perdeu a piada, a outra continua sem desiludir. Last Man Standing pode não ser incrível mas faz-me rir e tendo em conta a dificuldade de tal tarefa, faz sentido incluí-la na lista. O Tim Allen tem um dom!

 

Penny Dreadful

 

 

Não teve o final que todos nós desejaríamos, mas talvez não existisse mesmo nenhum mais adequado. O que dizer desta série? Foram três temporadas em que as personagens mais assustadoras que conhecemos se misturaram no mesmo mundo. E depois de uma segunda temporada de que eu não tinha sido particularmente fã, nada melhor que uma terceira como esta. Série a ver para quem nunca se deu ao trabalho. 

 

Stranger Things

 

 

Presença obrigatória em todas as listas deste tipo e não há muito que eu possa dizer sobre a série que já não tenha sido dito. Quem não viu, vá ver!

As piores séries de 2016

Pessoas normais falam das suas séries preferidas. Eu faço o contrário primeiro para ter a certeza que as pessoas não caem na tentação de ir ver as piores séries que por aí andam.

 

Arrow

 

 

Arrow nunca foi uma boa série, é um facto. Mas via-se. O problema foi precisamente esse: uma pessoa começa a ver porque "nem é mau" e entretanto a série ganha mais e mais seguidores e eis que continua a ser renovada eternamente independentemente de já nem sequer ter história. É este o caso. O final da temporada passada de Arrow foi doloroso e levou a que eu desistisse de ver a nova temporada e para eu deixar de ver uma série que sigo há anos, é preciso ela bater bem lá no fundo.

 

CriminalMinds: Beyond Borders

 

 

Não sei se é por não ser fã de spin-offs ou não, mas a verdade é que este está longe de me cativar como a série principal. Provavelmente são as personagens desinteressantes ou a falta de talento dos atores, mas a verdade é que esta série perde até para o outro spin off que Criminal Minds teve há uns anos. E é estranho porque casos interessantes + países estrangeiros até parece ser uma boa combinação, mas não funcionou.

 

Once Upon A Time

 

 

É difícil opinar sobre uma série que (felizmente) deixei de ver em dezembro de 2015 mas como tenho amigos que gostam de perder o seu tempo e de me fazer perder o meu a contar-me o que se passou, sinto-me no direito de incluir a série aqui. OUAT é a típica série que devia ter acabado na primeira temporada quando estava boa. Prolongar o que não tem prolongamento é estúpido. É um bocado como aqueles jogos de futebol péssimos durante 90, que vão a prolongamento para nada porque todos sabemos que aquilo vai acabar em penaltis. OUAT há muito que tinha batido no fundo, mas andar a separar um Regina boa de uma má e afins é outro nível.

 

The Big Bang Theory

 

 

Quem me conhece sabe que eu não gosto de séries de comédia maioritariamente porque é difícil fazer-me rir genuinamente. O Sheldon tinha esse poder. O problema é que aconteceu ao Sheldon o que nunca ninguém achou ser possível: mudou. Essa mudança foi para pior. Neste momento o Sheldon é um nerd apaixonado e, além de extremamente cliché, isso não tem qualquer tipo de piada. Por mim matava-se a Amy e resolvia-se o problema de uma vez por todas.

 

The Blacklist

 

 

Lembram-se da última temporada de The Blacklist? Eu também não. Deve ter sido boa. Já esta nova temporada é impossível esquecer de tão má que foi. Para mim há uma coisa que nunca funcionou nesta série: o personagem principal. Sendo isto uma cópia das outras mil séries em que há uma equipa de polícias ou pessoal do FBI e um consultor, seria de esperar que o consultor fosse amado por toda a gente como era o Patrick Jane de The Mentalist ou o Neal Caffrey de White Collar. Mas nunca consegui simpatizar com o Reddington nem tão pouco com a Liz que é das personagens mais irritantes que há. Esta temporada só vem confirmar este meu sentimento: é a Liz burra como tudo à procura da filha e o Reddington também à procura dela enquanto tenta esconder que é o pai da Liz quando toda a gente já sabe disso desde os primeiros episódios.

 

The Vampire Diaries

 

 

Há maneira de uma série sobreviver à saída da personagem principal? Claro que não. Mas The Vampire Diaries já tinha batido no fundo bem antes da Nina Dobrev decidir abandonar a série. Felizmente fê-lo porque caso contrário acredito que daqui a cinco anos a série ainda estaria no ar. A maneira como a temporada passada acabou só provou que já não há ideias novas e quando assim é, mais vale acabar de vez. Agora resta-me ser forte e acabar esta última temporada.

 

The Walking Dead

 

 

É oficial: deixei de ver The Walking Dead. Amigos, orgulhem-se de mim. Não é que esta tenha sido a pior temporada da série, mas está a ser a mais secante. Não é a introduzir um bom vilão que se salva uma série. Por muito que o Negan tenha dado uma vida nova à série, os discursos supostamente para nos fazer pensar continuam desinteressantes. Outra coisa que não funciona são os episódios de 1 hora a seguir a história só de uma personagem.

 

Wayward Pines

 

 

"Como passar da lista de melhores séries para a das piores em apenas um ano", um livro a ser lançado pelos responsáveis por Wayward Pines. Wayward Pines foi extraordinária na primeira temporada e de longe uma das minhas séries preferidas de 2015. Parece que muitos concordaram comigo e o sucesso da série levou a que a ideia inicial de ter apenas uma temporada fosse posta de lado. Péssima decisão. O protagonista morreu no último episódio por isso eles arranjaram um novo. Mais uma péssima decisão. Aliás, tudo foram más decisões. Eram personagens desinteressantes, atores com falta de jeito e uma história que passou de extraordinária a estúpida.

 

E vocês? Quais foram as séries mais fracas que viram em 2016?

E esse primeiro episódio de The Walking Dead?

Ponto 1: conseguir ver o episódio só na segunda à noite e não sofri desse problema da sociedade atual chamado spoilers. O segredo é evitar as redes sociais. Além de fazer bem ao nosso cérebro que precisa de parar de ver o monte de estupidez que circula nas mesmas, evita notícias que não queremos saber. Parabéns para mim.

 

Ponto 2: muito violento? Isto é uma série de zombies, violência é o que se pede. *spoiler* Aquela cena do olho do Glen foi do melhor que se viu na série.

 

Ponto 3: por 5 minutos de qualidade levámos com 40 minutos de monólogo do Jeffrey Dean Morgan. Nada de novo. Agora é encher chouriços até à mid season onde se faz algo extraordinário que nos obrigue a ver o resto da temporada.

 

Ponto 4: sou só eu que tenho reparado que os zombies estão cada vez menos perspicazes? Estão montes de pessoas reunidas numa floresta a fazer montes de barulho e eles nem aparecem. Aliás, para uma série sobre zombies, vemos muito poucos zombies.

 

As melhores séries de 2016/2017

Setembro e outubro são os meses em que começam novas séries. A chamada fall season não trouxe muitas séries boas este ano, mas as que trouxe são de um nível bem melhor do que o que se tem visto. Como eu não quero que ninguém fique sem nada para ver, trago aquelas que são para mim as melhores séries desta fall season e penso que as escolhas são unânimes.

 

1. Westworld

 

 

Vamos ser honestos: de cada vez que ouvimos um nome sonante de Hollywood como parte do elenco de uma série, há sempre uma curiosidade extra. Desta vez é Anthony Hopkins que decidiu deixar Hollywood para se juntar à HBO e àquela que já é considerada a substituta de Game of Thrones. Ora, eu não vejo Game of Thrones mas esta série teve uma aceitação tão grande que me convenceu a dar-lhe uma chance. Não achei o primeiro episódio a melhor coisa do mundo, mas o segundo convenceu-me. É uma mistura de ficção científica com a dose certa de mistério. Mas então de que é que fala Westworld? Westworld é um "parque de diversões" para adultos onde humanos convivem com robôs (um bocadinho ao jeito de Humans) e é a partir desta premissa que se desenvolve a história que pode parecer um pouco estranha, mas nada com ver os primeiros dois episódios já disponibilizados.

 

2. This is Us

 

 

Passemos então para uma série completamente diferente. This is Us é outra das séries que está a ganhar fãs atrás de fãs. Confesso que não estava na minha lista de pilots para ver este ano, mas à medida que via mais gente a dizer bem da série que fiquei com curiosidade. Ainda bem que decidi ver o primeiro episódio. Não é de todo o meu género de série, mas a história está extremamente bem construída se tivermos em conta que estes temas já foram falados mil e uma vezes no pequeno ecrã. A série junta um casal que está à espera de trigémeos, um outro casal, uma mulher obesa e um ator infeliz com o papel que tem numa série. O que é que todas estas personagens têm em comum? Isso deixo que sejam vocês a descobrir no final do primeiro episódio (sendo que a meio já toda a gente começa a desconfiar). É a partir das relações entre todos estes personagens que a história se desenrola.

 

3. Designated Survivor

 

 

A crítica parece ser também unânime sobre Designated Survivor. Para mim foi a melhor estreia desta temporada e é a única que vou ver assim que sai. Designated Survivor conta a história de um homem que foi despedido do seu cargo de secretário da habitação de manhã e que há noite é eleito presidente dos Estados Unidos. O primeiro episódio é muito bom e prende do início ao fim. A partir daí começa a adensar-se o mistério sobre quem terá explodido o Capitólio e começam também as complicações para o novo presidente por quem é impossível não torcer. Mais simples que isto não há. Designated Survivor prova que qualquer um seria um melhor presidente que o Trump, até o Jack Bauer.

Sem séries para o verão? Eu resolvo!

Os mais atentos ao mundo das séries sabem que a chamada summer season é bastante fraca a nível de quantidade. Mesmo eu, que tenho padrões de qualidade de séries bastante baixos (vi Once Upon A Time até metade da temporada passada e isso diz muito sobre mim), tenho dificuldade em arranjar séries de verão de qualidade. E quando arranjo, acabam canceladas. Como eu sou uma pessoa que gosta de ajudar, trago-vos 5 séries de verão com certificado de qualidade (mais ou menos) meu.

 

Mr. Robot

 

 

 

É definitivamente a melhor série de verão (senão mesmo a melhor série da atualidade) e nem vale a pena tentarem dizer que não. A história é simples: um rapaz que trabalha numa empresa informática é hacker nos tempos livres. Mr. Robot é um mundo à parte neste universo das séries. Extremamente bem feita, gravada, escrita... As personagens são todas de outro mundo e os actores fazem jus a isso mesmo. Para quem nunca viu: de que é que estão à espera? 

 

Humans

 

 

 

Humans é uma das muitas séries americanas baseadas em séries nórdicas e esta funciona muito bem. Basicamente o mundo evoluiu ao ponto de humanos poderem comprar robôs iguais a humanos que fazem tudo o que eles quiserem. Alguns desses robôs têm um defeito de fabrico e conseguem pensar por si mesmos. É a partir daqui que se desenvolve a história. Para quem gosta de ficção científica, tem de ver e quem não gosta também (eu sou daquelas pessoas que não gosta)!

 

BrainDead

 

 

Esta é de todas as minhas recomendações aquela que menos deve agradar a todos. BrainDead é uma espécie de comédia política contada através de uma história quase de terror. Difícil de imaginar, certo? Deixem-me tentar explicar melhor... Há um meteoro que cai na terra e entretanto é levado para Washington. Desse meteoro começam a sair insectos alienígenas que entram nas cabeças dos políticos e lhes comem o cérebro. Que sentido é que isto faz? Nenhum, mas tem piada e o elenco é muito bom. E aquele "previously on" que há no início dos episódios é cantado e é absolutamente genial. 

 

Wayward Pines

 

 

 

 

Esta é daquelas séries em que a primeira temporada é absolutamente estrondosa e a segunda deixa muito a desejar. Mesmo assim (e faltam-me dois episódios para acabar a segunda temporada) com o decorrer dos episódios os criadores da série conseguiram salvar o que à partida era um caso perdido. 

 

Stranger Things

 

 

Stranger Things parece ser aquilo a que se chamaria "the next big thing". Toda a gente fala da série e até eu, que não sou facilmente influenciável pela opinião geral, decidi ver o pilot. Nada do outro mundo, mas tem potencial para se tornar, ao longo dos episódios, a série excelente que todos descrevem.

Quantos dias gastaste a ver séries?

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Os mais atentos a este blogue (que ultimamente só tem falado de futebol) devem saber que sou aquilo a que se chama seriólica. Atualmente isto das séries anda parado porque estamos na época de verão e há poucas séries. Por isso mesmo, tirei um bocadinho do meu tempo para fazer contas aos dias que já perdi a ver séries. Sem contar temporadas repetidas e episódios soltos, perdi 106 dias neste vício.  Pensava que fosse bem mais! Se  quiserem fazer as contas é só irem aqui e introduzirem os nomes das séries que viram e o número de temporadas.