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Isto É Peanurs

Conjugação do verbo estar

Isto não está de forma nenhuma relacionada com aquilo que um certo grupo escreveu no twitter. Tive saudades das aulas de português gastas a conjugar verbos e apeteceu-me fazê-lo de novo. Cá vai:

 

Presente do Indicativo:

Eu estou

Tu estás 

Ele está

Nós estamos

Vós estais

Eles estão

 

Pretérito Perfeito do Indicativo:

Eu estive

Tu estiveste

Ele esteve

Nós estivemos

Vós estivestes

Eles estiveram

 

Pretérito Imperfeito do Indicativo:

Eu estava

Tu estavas

Ele estava

Nós estávamos

Vós estáveis

Eles estavam

 

Pretérito Mais-Que-Perfeito do Indicativo:

Eu estivera

Tu estiveras

Ele estivera

Nós estivéramos

Vós estivéreis

Eles estiveram

 

Futuro do Indicativo:

Eu estarei

Tu estarás

Ele estará

Nós estaremos

Vós estareis

Eles estarão

 

Presente do Conjuntivo:

Eu esteja

Tu estejas

Ele esteja

Nós estejamos

Vós estejais

Eles estejam

 

Pretérito Imperfeito do Conjuntivo:

Eu estivesse

Tu estivesses

Ele estivesse

Nós estivéssemos

Vós estivésseis

Eles estivessem

 

Futuro do Conjuntivo:

Eu estiver

Tu estiveres

Ele estiver

Nós estivermos

Vós estiverdes

Eles estiverem

 

Infinitivo:

Eu estar

Tu estares

Ele estar

Nós estarmos

Vós estardes

Eles estarem

 

Imperativo:

Tu está

Vós estai

 

Gerúndio:

Estando

 

Particípio Passado:

Estado

 

Agora notem duas coisas: 1. Pretérito imperfeito do subjuntivo não existe (pelo menos no meu tempo não existia, nunca se sabe o que é que inventaram ultimamente). 2. Está-se (a forma correta de estasse) não figura em nenhum dos tempos verbais acima porque é uma conjugação reflexa do presente do indicativo. De nada.

 

7 anglicismos desnecessários no nosso dia-a-dia

Não, não me estou a referir a palavras como “hambúrguer”, “password” ou “stop”. Neste caso as palavras foram adotadas pela nossa língua e faz todo o sentido usá-las. Venho falar-vos da quantidade absurda de palavras inglesas que hoje em dia se usam para tudo como se a língua portuguesa não fosse suficientemente rica.

 

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1. Top


Quem é que não conhece alguém cujo único adjetivo que conhece é “top”? “Top” é um substantivo masculino que tem um de dois significados: posição ou lugar cimeiro numa classificação ou peça de vestuário feminino, geralmente sem mangas, que cobre o tronco. E quem o diz nem sou eu, é o Priberam. Aconselho as pessoas que usam substantivos como se de um adjetivo se tratasse a passar por lá. Um site incrível para quem tem poucos recursos linguísticos. Seguem um conjunto de adjetivos perfeitamente adequados para substituírem a palavra “top”: bom, fantástico, fenomenal, incrível, impressionante, excelente, extraordinário, estupendo, excecional. Se acharem que são palavras demasiados “caras”, fiquem-se pelo fixe.

 

2. Running


Hoje em dia já ninguém corre apesar de correr estar cada vez mais na moda. Ninguém corre porque toda a gente pratica running. Atenção, ninguém run, mas toda a gente pratica running, ou seja, ninguém corre, mas toda a gente pratica corridas. Confuso, não é? Ainda bem que temos o inglês.

 

3. Rooftop


A minha avó tem um terraço para onde eu e os meus primos adorávamos ir quando éramos pequenos. Agora vou reformular a frase para os tempos atuais: A minha avó tem um rooftop para onde eu e os meus primos adorávamos ir quando éramos pequenos. É uma pena a vista ser obstruída pela casa num dos lados, caso contrário abria um rooftop 360º (porque se for 180º já não é tão bom), servia uns gins tónicos e ainda fazia bom dinheiro. Qualquer dia eu deixo de ter uma varanda em casa e passo a ter um balcony. De 180º.

 

4. Bulling

 


Lembro-me de andar na escola e andarmos constantemente todos aos pontapés uns aos outros. Porquê? Éramos parvos. Não encontro outra explicação para este facto. Mas ninguém sofria de bulling. Ninguém. Chamávamos-lhe “levar porrada”, mas bulling soa muito melhor.

 

5. Sunset


Houve uma altura em que as pessoas apreciavam o pôr-do-sol e, veja-se bem, organizavam festas nestas horas. Atualmente, não só não se aprecia o pôr-do-sol como também não se organizam festas. O que está a dar são parties na hora do sunset ou, ainda melhor, na sunset hour.

 

6. Selfie

 

No meu tempo tirava perfeitamente fotografias a mim mesma, mas chamavam-se fotografias como qualquer outra. Há 3 diferenças fundamentais entre uma fotografia e uma selfie:

1. A selfie implica o uso de um telemóvel com câmara frontal; na fotografia usava-se uma máquina fotográfica com a câmara virada para nós.

2. Nunca se tira apenas uma selfie. Tiram-se até todas as pessoas ficarem bem para depois se publicar no instagram e facebook; só se tira uma fotografia, se ficar mal, paciência.

3. Há 3500 filtros para se aplicarem às selfies; as fotografias com sorte eram editadas no paint.

 

7. Lifestyle


Lifestyle é traduzido como estilo de vida mas tem imensas interpretações diferentes. Por exemplo, nas secções de jornal com este nome refere-se a “coisas sem a mínima importância que ocupam cada vez mais espaço num jornal que devia trazer notícias". No mundo dos blogues pode querer dizer tudo e mais alguma coisa. Parece-me que esta é a palavra que requer mais estudo.

Há quartos que têm rodas!

Hoje estou aqui para fazer serviço público. Não é normal, mas parece-me que é necessário. 

A maioria das pessoas não sabe distinguir "alugar" de "arrendar". Claro que não faz sentido haver duas palavras para algo que é praticamente o mesmo, mas já que existem convém que as usemos correctamente. Há uns dias ouvi o Marcelo Rebelo de Sousa falar em alugar casas. Já todos sabíamos que ele tinha a rapidez do Flash (sim porque ler tantos livros numa semana implica uma velocidade de fazer inveja ao Usain Bolt), só não sabíamos é que tinha a força do super homem. Para alugar uma casa é preciso ser-se um super herói. Marcelo Rebelo de Sousa é um dois em um. É um homem destes que eu quero para Presidente da República.

Mas para aqueles que não têm a força física do professor Marcelo, é capaz de ser importante continuar a ler para ver se os "aluga-se quarto" e os "aluga-se apartamento" param de aparecer. 

Diz o artigo número 1023 do Código Civil que: "a locação diz-se arrendamento quando versa sobre coisa imóvel, aluguer quando incide sobre coisa móvel". É tão simples quanto isto. É por isso que pagamos renda de casa e não aluguer. Alugamos um carro e arrendamos um quarto. A menos que o quarto tenha rodinhas e possamos levar para qualquer lado. Aí também alugamos.


Questões que assolam a humanidade #5

Porque é que acentuamos a palavra "período" no i?

Tenho esta dúvida desde que inaugurava cadernos de todas as disciplinas com "1º Período" e, posso ser inculta, mas gostava de ser esclarecida em relação a esta questão.

Tendo em conta que, ao dizer a palavra, acentuamos o primeiro "o", porque raios é que o acento está no "i"? Fica a questão...

A matemática da língua portuguesa

Tenho acompanhado, com alguma curiosidade, as notícias que dão conta que há muitos professores a darem cinco ou mais erros ortográficos nas provas de avaliação. Há muito que digo à minha mãe que tive alguns professores mais burros que eu e parece que agora ela acredita em mim. 

Mas eu entendo o lado dos professores. O português é das línguas mais complicadas que por aí anda. Antigamente as pessoasfalavam latim. Latim em todo o lado (ou pelo menos em muitos sítios). Hoje emdia temos português, castelhano, francês, italiano e outras tantas. De tantaslínguas que evoluíram do latim calhou-nos a mais difícil. À medida que ainteligência artificial evoluía, a inteligência humana decaía. Não vejo outraexplicação para evoluirmos de um tempo em que falávamos todos a mesma línguapara uma modernidade em que ninguém se entende a menos que, lá está, falemostodos a mesma língua. 

Podíamos ser como os ingleses. Conjugar verbos naprimeira pessoa do singular ou na terceira do plural é igual, mas aqui não. Alíngua portuguesa tem mais apetrechos que o Quaresma de cada vez que vai aChelas. Mais: há coisas que chegam a não fazer sentido. Vejamos uma conversatípica:

Indíviduo 1: Então o que é que vais fazer hoje?
Indivíduo 2: Olha não vou fazer nada!
Indivíduo 1: Quem me dera não fazer nada também mas tenho de ir aooceanário apadrinhar um macaco.
Indivíduo 2: Mas isso não faz sentido nenhum.


Curiosamente, neste diálogo, oque faz mais sentido é o facto de haver um macaco no oceanário. “Não vou fazernada” e “isso não faz sentido nenhum” é o género de frase que o comum serhumano costuma proferir sem se aperceber da barbaridade que diz. 

Nas aulas dematemática que tive sempre me ensinaram que menos com menos é mais. Nestas duasfrases temos presentes duas negações: “não” com “nada” e “não” com “nenhum”.Partindo do princípio que estas negações correspondem ao sinal “menos” numaequação matemática, ao dizer uma destas frases, o indivíduo está a negar-se aele mesmo. Ora de cada vez que digo qualquer coisa é porque tenho a certeza daquilo que estou a dizer (às vezes nem tanto mas passo sempre essa imagem) e odiaria contrariar-me a mim mesma (já me chegam as outras pessoas para isso), mas cada um sabe de si.

Testei esta teoria durante uns tempos com alguns amigos. Disseram que eu estava maluca. Tenho para mim que o cérebro deles não está desenvolvido o suficiente para acompanhar as minhas teorias de génio.