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Isto É Peanurs

Como tornar uma série (ainda mais) interessante

Para quem nunca viu Arrow nem sabe do que se trata, é preferível ficar assim. Para quem viu/vê, certamente partilha do meu drama. Uma série começa a descambar quando as personagens morrem, mas afinal não morreram mesmo porque há sempre mil e uma maneiras de as salvar. A partir deste momento há duas soluções: ou se mantém a qualidade duvidosa, ou se piora. Arrow conseguiu piorar. E atenção: engane-se quem acha que é fácil chegar ao nível em que está Arrow neste momento.

 

 

Long story short, esta temporada o vilão é mágico. Mas não é um mágico qualquer. Ele possui magia porque tem uma estátua qualquer que absorve o poder de quem ele mata e, por isso mesmo, quanto mais gente ele matar, mais poder tem. Até aqui tudo fenomenal. Mas isto melhora. A 3 episódios do fim descobrimos o grande plano deste vilão: destruir o mundo com bombas nucleares. E como é que ele se salva? Esta é a minha parte preferida. Este senhor é uma génio da construção e fez uma cidade para onde entras através dos esgotos. Melhor: esta cidade é uma espécie de Wayward Pines misturada com Under The Dome, já que há um campo elétrico à volta da mesma que impede as pessoas de saírem. Como é que os nossos heróis preferidos saem? Ninguém sabe. Mas foquemo-nos no que realmente importa: há uma cidade subterrânea que, ao que parece, é completamente plausível para os criadores da série. Claro que, um episódio depois a cidade é destruída. Houve claramente defeitos de construção.

 

Seria de esperar que o vilão quisesse desistir do seu plano de destruir o mundo por já não ter maneira de se salvar. Errado! O vilão continua a querer matar tudo e todos, inclusive ele mesmo e a sua filha. Para isso as bombas nucleares são lançadas. Seria de esperar que desta o mundo acabasse mesmo (e a série, já agora), mas não. O protagonista faz um discurso super desinteressante e as pessoas, que se preparavam para fugir da cidade, ficam porque querem lutar. Logicamente era o que eu faria. Nisto, faltam poucos segundos para tudo ficar em cinzas quando alguém se arma em Mr. Robot e desvia a trajetória da bomba! Nisto, o vilão já está super poderoso porque se fartou de matar gente e não devia haver maneira de o matar. Mas há. O nosso grande herói tinha aprendido que podia canalizar a magia do seu oponente se tivesse mais luz do que escuridão em si. O mesmo herói que tinha dito que era impossível vencer o vilão. Mas nada é impossível quando uma cidade inteira fica a lutar ao teu lado, não é verdade? E assim acabou tudo bem em Arrow. Mal posso esperar pela próxima temporada!

Vi CSI

Há uns bons 10 anos que não via um episódio de CSI do início ao fim. Acontece que ontem estava a passar canais e apanhei CSI a dar na SIC. A temporada 15. Ora, nenhuma série devia durar 15 anos, sobretudo policial. CSI dura, apesar de ninguém saber muito bem porquê. Desde a última vez que vi um episódio com atenção, mantiveram-se dois atores e entraram uns duzentos. Como se já não bastasse a série ter pouco interesse, as personagens são todas iguais. Uma série policial sem uma Temperance Brennan, um Dr. Reid ou afins ainda consegue ser mais desinteressante.

 

Não fosse isto suficiente, há uma coisa que se mantém: a série é mal escrita que dói. As personagens estão ali somente para dizer umas frases soltas sobre o que se passa na investigação. E são todos maus atores, é incrível.

 

Mas aquilo que se mantém e que eu sempre adorei é o quão rebuscadas são as soluções que eles arranjam para resolver os casos. 90% dos casos são resolvidos graças a um carro. Ou porque tem uma tinta super especial que só existe num carro do mundo ou porque o rasto é tão único que só pode ser de um carro adquirido num qualquer país estrangeiro num determinado dia em que o suspeito lá esteve. Juro que já vi episódios assim, não estou aqui a inventar que não tenho imaginação para tal.

 

No episódio que vi ontem tratava-se não de um assassinato mas sim de um rapto. Eu, que já vi muita série na vida, disse logo que os raptores e os raptados eram as mesmas pessoas e estava obviamente certa. Eles, para chegarem a esta conclusão, repararam num milímetro de tinta azul que havia num carro cinzento ao pé da casa de onde as pessoas foram raptadas. Notem que estes criminosos geralmente são sempre péssimos condutores e batem em tudo quanto é sítio. A partir dessa tinta, que mais ninguém no mundo seria capaz de ver, chegaram à conclusão que os raptores tinham usado uma carrinha. Encontrada a carrinha, examinaram-na de uma ponta à outra. O jeito que me dava um exame desses ao carro para lhe tirarem o lixo todo! Depois de muitos grãos de areia e mosquitos analisados, eis que o mistério fica resolvido porque um pássaro decidiu fazer as suas necessidades no carro. Um pássaro que só existia num local específico. O pássaro podia ter-se aliviado em qualquer carro, mas escolheu aquele. Se assim não fosse, queria ver como é que solucionavam o caso.

Os vestidos dos Globos de Ouro

O título foi suficientemente chamativo? Sim? Então continuem a ler porque apesar de este texto nada dizer sobre os vestidos que pisaram a passadeira vermelha, fala sobre a segunda coisa mais importante da noite: os vencedores.

 

É uma verdadeira perda de tempo estar a ver pessoa a desfilar na passadeira vermelha e ficar acordada até às tantas à espera de saber se os meus favoritos venceram. E este ano até tinha favoritos. A nível cinematográfico o Leonardo lá levou mais um prémio. Será que é este ano que ele vai vencer o óscar? Deixem-me ter paciência para as 2 horas e 30 que o filme demora e depois comento.

 

A nível de séries correu (quase) tudo como eu queria. Não me parece que a Lady Gaga merecesse vencer, mas já todos sabemos que o nome também conta. Eva Green devia ter ganho pelo seu desempenho fenomenal em Penny Dreadful da mesma forma que acho inacreditável a não vitória de Rami Malek por Mr. Robot. Mas Mr. Robot nem por isso saiu de Beverly Hills de mãos a abanar. "Melhor série dramática" superando séries com bem mais espetadores como Game Of Thrones. De facto, Mr. Robot é das melhores séries que já vi e eu já vi muita. O tema pode nem ser o mais apelativo, nem tão pouco o mais fácil de perceber, mas a complexidade da série rapidamente se desenvolve no nosso cérebro e nos faz querer ser parte da F Society. E mais que uma boa história é a maneira como esta é filmada e escrita. Monólogos intensos que nos levam a pensar.

 

 

 Mas atrevo-me a dizer que a grande vencedora da noite e surpresa está na categoria de comédia/musical. Mozart In The Jungle, uma série da Amazon sem muito público, já tinha sido a surpresa das nomeações e acabou eleita como melhor série da categoria contra séries como Tranparent ou Orange Is The New Black. A par de Mr. Robot é a minha série preferida de 2015. Esta por razões claramente diferentes. Mozart In The Jungle é uma série mais leve com episódios de cerca de meia hora. Foi precisamente por isto que a comecei a ver. Já passava da meia noite e não me apetecia ver um episódio de 45 minutos porque isso fazia com que me fosse deitar demasiado tarde. Acabei por ver três de Mozart In The Jungle e os outros sete da 1.ª temporada no dia seguinte. É viciante, mas mais que isso, é diferente de tudo o que já tinha visto. Mozart In The Jungle não se resume à típica série musical em que uma personagem canta para pedir que alguém lhe passe o pão à mesa. Mozart In The Jungle foca-se na música clássica e nas aventuras de um maestro (cujo actor também levou o Globo para casa) que se muda para a Orquestra de Nova Iorque quando todos o consideram o melhor. Na verdade é ele completamente louco mas adorável. Se nunca viram, tratem disso. É um conselho de amiga!

 

 

E porque eu sou uma pessoa coerente, tomem lá vestidos:

 

 

P.S. Para comentários terão de procurar um dos 85415641546 blogues de moda, sejam eles bons ou maus.

E os nomeados são...

As nomeações deste ano dos Globos de Ouro surpreenderam-me de uma maneira que não achava possível. Não posso falar em justiça ao nível do cinema porque não vi nenhum dos filmes (ainda) mas enquanto seriólica, só posso ficar feliz por ver duas das melhores séries que vi este ano reconhecidas.

 

Mr. Robot está nomeada para "Melhor Série Dramática" juntamente com a famosíssima Game Of Thrones e mais umas quantas. Não pensava sequer que poderia ver Mr. Robot nomeada. Mas está. Bem como Rami Malek (o actor principal) para melhor actor. Sou suspeita, mas atrevo-me a dizer que merece ganhar. Uma série surpreendente do início ao fim com uma interpretação brilhante.

 

 

Eva Green está nomeada para "Melhor Actriz Dramática". Finalmente! Foi preciso mais uma temporada de Penny Dreadful para lhe reconhecerem o talento. Confesso que nem gostava muito dela até a ver como Vanessa Ives. Seria complicado arranjar alguém mais adequado ao papel.

 

 

 Mas se Mr. Robot e Eva Green não foram surpresas totais, a nomeação de Mozart In The Jungle para "Melhor Série de Comédia ou Musical" é algo completamente inesperado. Não porque a série não tenha qualidade para isso, pelo contrário. Mas é uma série produzida pela Amazon e com pouco público. Eu mesma comecei a vê-la por já ter as restantes em dia. Despachei-a em dois ou três dias e é, de facto, genial. Não espero que ganhe, mas a nomeação já me deixou feliz. Afinal não são apenas as séries "que todos vêm" que levam nomeações.

 

Por outro lado, as injustiças foram as não-nomeações de Wes Bentley e Denis O'Hare para "Melhor Actor Principal em Mini-série" e "Melhor Actor Secundário em Mini-série", respectivamente. E isto apenas porque a Lady Gaga está nomeada pela mesma série. Nada contra a nomeação, mas os outros dois actores fazem um trabalho relativamente melhor na mesma série e não mereceram nomeação.

Avisem-me quando os Emmys surpreenderem

As nomeações para os Emmys são sempre a mesma coisa. Os nomeados são sempre os mesmos e os vencedores também não mudam muito. Este ano há uma coisa que me chateia particularmente: a não-nomeação da Eva Green para melhor atriz. Eu não conheço os critérios, mas se um for o desempenho numa série (seja ela qual for) a Eva Green merece a nomeação. 

Eu nem era grande fã dela, achava que era mais uma que se despia e era atriz graças a isso. Eu, como já devem ter percebido, sou estúpida e isto era parte da minha estupidez. O papel de Vanessa Ives cai-lhe que nem nozes (ah, as belas expressões portuguesas que não fazem qualquer tipo de sentido) e é difícil encontrar um desafio maior para uma atriz, mas o pessoal que trata das nomeações há-de perceber mais disto que eu.



The Following: não se metam nisso!


Oiçam o conselho de quem vê muitas séries. Hoje a RTP estreia a segunda temporada de The Following (ou 'Os seguidores', como lhe chamaram). Vejam. Mas, para vosso bem, não vejam a terceira.

The Following tinha tudo para ser uma das melhores séries que já vi, mas a terceira temporada fez-me perder o interesse e ainda bem que acabou cancelada. A primeira temporada da série é fenomenal. Mesmo. Não há nada a apontar. Deixa-nos colados à televisão/computador do início ao fim dos episódios. Depois daquele final, cheguei a duvidar da qualidade que poderia ter a segunda temporada. Superou as minhas expectativas.

Então o que é que falhou? É simples. As pessoas viam a série pelo Joe e os produtores começaram a centralizá-la no Ryan. Ora, ninguém quer saber do agente do FBI a quem tudo corre mal e que, na primeira temporada tem imensos problemas de coração mas nas restantes corre mais que o Bolt. Foi por isto que a série falhou. E quando eu pensava que o final nem estava tão péssimo quanto eu imaginava, chegam os últimos segundos e eu quase chorava ao ver uma série tão boa ter uma última temporada tão má.

Séries com nota artística

É sábado à tarde e está a chover. Há coisa melhor para fazer do que ficar deitada o dia todo a ver séries? Claro que há. Mas como muitas dessas coisas implicam ter dinheiro e ver séries ainda é gratuito, deixo aqui uma lista de três séries com 20/30 minutos que se devoram muito rapidamente.


Acredito que esta série dispense qualquer tipo de apresentações. Toda a gente já ouviu falar em The Big Bang Theory e sobretudo no Sheldon Cooper e sua frase mais famosa: "Bazinga". TBBT conta a história de quatro nerds ligados às ciências. Dois deles são vizinhos da Penny - a típica loira burra. Há milhentas referências a teorias e afins que os espectadores não percebem, mas nem por isso a série perde o seu encanto. Atrevo-me a dizer que, actualmente, é a melhor série de comédia. É uma série da CBS que está na sua 8ª. temporada. Em Portugal é transmitida pelo AXN White e pela RTP2.


Last Man Standing é a história de um pai de família com três filhas que trabalha numa loja de desporto ao ar livre (ou algo do género). Tem um chefe parvo e um empregado burro. Odeia o Obama e os humanos em geral. Tim Allen faz a série toda! É uma série da ABC e está na quarta temporada. Em Portugal é transmitida pela FOX Life.


Mozart In The Jungle é das melhores séries que vi ultimamente. Cada episódio tem 30 minutos e a primeira temporada tem (só) 10 episódios que eu devorei rapidamente. Basicamente é  história de um maestro famoso e aclamado pela crítica que se muda para a Orquestra Sinfónica de Nova Iorque e todos os problemas que surgem de seguida! A série é da Amazon e já foi renovada para uma segunda temporada.

Dia Mundial do Sono

As pessoas que me conhecem tendem a dizer que sou preguiçosa. Por mais que me custe concordar com essas pessoas, é verdade. Preguiça não é o meu nome do meio porque não tenho nome do meio (sim, só tenho dois nomes e dá-me imenso jeito sempre que tenho de assinar coisas). Era só isto, boa noite!

Agora a sério, vi que hoje é dia mundial do sono. Infelizmente levantei-me cedo e não comemorei decentemente o dia mas, para compensar, amanhã durmo uma mini-sesta até às 5 da tarde (que depois disso joga o Benfica). Voltando às coisas que "interessam". Para assinalar o dia, fica aqui uma lista de coisas que me fazem dormir.

Ver Once Upon A Time

Ver The Vampire Diaries

Ouvir o Marco Silva


Ver jogos da selecção frente a selecções desinteressantes

Ouvir a maioria das músicas eurovisivas deste ano


Ver o Sporting a jogar