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Isto É Peanurs

Então o Bieber fez playback?

Isso é óptimo para os pais daquelas atrasadinhas que acamparam no parque das nações dias antes do concerto perceberem que se calhar (só se calhar) deviam tê-las proibido de fazer isso. Enquanto isso suponho que elas continuem a adorá-lo, certo? Se calhar sou só eu, mas se um artista fizesse playback num concerto que eu paguei para ver, ficava a odiá-lo para o resto da vida. Mas isto sou eu que sou uma antiquada.

Black Frauday

(Nota: ler frauday com sotaque inglês)

 

 

Aproveitei o facto de ter de ir ontem a Lisboa e ter de fazer tempo até à hora do comboio para dar uma volta pela baixa. Achava que ia ser engolida pelos montes de gente que as redes sociais colocavam nas ruas. Não aconteceu. Estava mais gente que num dia normal mas nada de especial. Provavelmente porque toda a gente se apercebeu do mesmo que eu. Alguém devia dizer às marcas que inflacionar os preços e depois espalhar pelas lojas uns cartazes a dizer “20% de desconto em tudo” não é uma promoção. No fundo estamos a pagar o mesmo ou a poupar 1 ou 2€. Assim a Black Friday passa de “dia de grandes promoções” para “dia em que os preços passam a ser caros em vez de estupidamente caros”.

 

Eu não sou consumista. Aliás, quando falo em “ir às compras” refiro¬-me sempre a comida. Acontece que preciso mesmo de uma mala porque a minha se estragou. Entrei na Parfois e, como não conseguia chegar à secção das malas, fiquei a ver o resto até conseguir lá chegar. Olhei para uns brincos que ainda na semana passada tinha visto e que custavam 7€ (na semana passada). Na esperança que fizessem parte dos artigos a 50% que havia na Parfois, olhei para o preço inicial. Da semana passada para esta os brincos passaram de 7 para 9€. Quando cheguei às malas, vi o preço da única que gostei. Era uma mala pequena simples. 25€ com 20% de desconto. Uau que preço excelente.

 

Acabei a Black Friday na Fnac a ver livros. Escusado será dizer que não comprei nenhum. Trouxe um CD. E acabei por despachar duas prendas de natal portanto nem me posso queixar.

Azia

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Diz o site do conhecido medicamento Gaviscon que a azia "ocorre quando o ácido, que normalmente se encontra sobre o revestimento de protecção do estômago, reflui para o esófago (canal que conduz os alimentos). Como o esófago não está tão bem protegido como o estômago, o ácido pode irritar o revestimento do esófago, o que pode provocar sintomas dolorosos, que podem durar de alguns minutos até algumas horas".

 

Agora que já provei que este texto tem tudo para estar repleto de informação interessante, deixem-me que vos diga que a azia não tem nada a ver com isto. Azia é empatar 3-3 depois de estar a ganhar 3-0 à meia hora de jogo. Isso sim é azia. E é daquela que causa ódio a pessoas de quem ainda ontem gostávamos (e amputar o Lindelöf). "Mais vale um empate que sabe a derrota que uma derrota que sabe a empate", li eu ontem no twitter. Mais valia era não se deixarem empatar otários!

 

E quando uma pessoa está quase a esquecer, vai ouvir a mixórdia e lembra-se que há mais pessoas com uma azia enorme. Porque "se as segundas partes fossem boas, eram as primeiras". Era fazê-los vir a pé da Turquia para cá. Não ganhem ao Nápoles não.

 

 

Os desenhos animados do meu tempo

Ter um título com as palavras "do meu tempo" faz-me parecer demasiado velha. Pensar que os anos 90 foram há 20 anos, faz-me sentir demasiado velha. Felizmente, aos olhos da sociedade, parece que eu ainda sou menor de idade. Ora, no meu tempo, os desenhos animados eram melhores do que agora. Aliás, atrevo-me mesmo a dizer que nasci na altura perfeita para ver desenhos animados de qualidade. Eram tempos em que saía da escola a correr para casa para poder ir ver o Batatoon e até, veja-se bem, me levanta cedo no fim de semana para ver "os bonecos".

 

Hoje, do nada, lembrei-me da música da avó detective e apercebi-me que hoje em dia, além de os desenhos animados não terem grande interesse, também não têm músicas memoráveis, daquelas cuja letra ainda nos lembramos mais de 15 anos depois. Acompanhem-me então nesta viagem nostálgica pelos desenhos animados "do meu tempo".

 

Avó detective (quais séries policiais americanas, Prudência Passinhos é que é!)

 

 

Kim Possible 

 

 

 

Pokemon

 

 

 

Inspector Gadget (eu sei que não tem letra, mas toda a gente conhece o ritmo)

 

 

 

Marco e Gina (sem gozos, vi cada episódio mais de 10 vezes porque a RTP2 passava a vida a repetir isto, e ainda hoje estou à espera que o Marco e a Gina casem)

 

 

Dave, o Bárbaro 

 

 

Navegantes da Lua (cuja música eu tive de cantar no meu primeiro dia de praxe. Foi triste)

 

 

Dragon Ball

 

 

 

Oliver & Benji

 

 

Shin Chan

 

 

Estou a esquecer-me de algum, não estou?

 

Make democracy great again

Num dia em que toda a gente parece ser extremamente entendida em política, quero assumir aqui (como já o fiz diversas vezes) que não faço parte desse grupo de experts. É um dos muitos assuntos dos quais sei pouco mais que nada. Aliás, parece-me sensato dizer que sei o mesmo de política que o Trump e é isso que me preocupa mas ao mesmo tempo me dá esperança de poder fazer o que quiser da vida sem ter qualquer tipo de experiência prévia. Quando soube da vitória republicana dei por mim a pensar no que seria uma pessoa que sabe tanto de política como a liderar os Estados Unidos da América. É assustador. Estamos em 1933 outra vez e ninguém nos avisou. 

 

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Digo frequentemente que as pessoas são estúpidas, só nunca achei que fossem tanto. Hoje parece que toda a gente concorda comigo nisto. Ainda ontem, em conversa com a Sara, ela dizia que estava preocupada com o facto de o Trump poder ser eleito presidente. Eu, na minha ignorância, disse-lhe que ninguém é assim tão burro ao ponto de votar num palhaço. Subestimei claramente os norte-americanos. Para pessoas que vivem num país tão avançado, têm um atraso bastante significativo.

 

Mas não me parece que a culpa seja maioritariamente das pessoas. Numa primeira análise devíamos culpar os gregos que inventaram a democracia. Um sistema político com "demo" (isto esquecendo que δήμο na verdade significa algo como "povo" e não é uma referência ao diabo) no nome tinha de dar asneira. Mas a culpa não é dos gregos. Do que me lembro da antiguidade clássica, os gregos desenvolveram um modelo de democracia bastante credível já que apenas as elites votavam. Claro que na altura eram excluídos estrangeiros,  mulheres e homens que não fossem filhos de mãe e pai gregos, mas estamos a falar de uma época em que Cristo ainda nem nos tinha salvo dos nossos pecados. Era de acreditar que esse sistema tivesse evoluído até aos nossos dias. Evoluiu mal. A culpa do que aconteceu nos EUA é daqueles que, séculos mais tarde, acharam que toda a gente merecia ter direito ao voto. Está provado que nem toda a gente merece. O que eu proponho é que voltemos à democracia como era feita na Grécia Antiga em que apenas algumas pessoas tinham direito ao voto. Como é que definimos as elites? Fácil: só votam as pessoas que não forem estúpidas. You're welcome America! 

7 anglicismos desnecessários no nosso dia-a-dia

Não, não me estou a referir a palavras como “hambúrguer”, “password” ou “stop”. Neste caso as palavras foram adotadas pela nossa língua e faz todo o sentido usá-las. Venho falar-vos da quantidade absurda de palavras inglesas que hoje em dia se usam para tudo como se a língua portuguesa não fosse suficientemente rica.

 

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1. Top


Quem é que não conhece alguém cujo único adjetivo que conhece é “top”? “Top” é um substantivo masculino que tem um de dois significados: posição ou lugar cimeiro numa classificação ou peça de vestuário feminino, geralmente sem mangas, que cobre o tronco. E quem o diz nem sou eu, é o Priberam. Aconselho as pessoas que usam substantivos como se de um adjetivo se tratasse a passar por lá. Um site incrível para quem tem poucos recursos linguísticos. Seguem um conjunto de adjetivos perfeitamente adequados para substituírem a palavra “top”: bom, fantástico, fenomenal, incrível, impressionante, excelente, extraordinário, estupendo, excecional. Se acharem que são palavras demasiados “caras”, fiquem-se pelo fixe.

 

2. Running


Hoje em dia já ninguém corre apesar de correr estar cada vez mais na moda. Ninguém corre porque toda a gente pratica running. Atenção, ninguém run, mas toda a gente pratica running, ou seja, ninguém corre, mas toda a gente pratica corridas. Confuso, não é? Ainda bem que temos o inglês.

 

3. Rooftop


A minha avó tem um terraço para onde eu e os meus primos adorávamos ir quando éramos pequenos. Agora vou reformular a frase para os tempos atuais: A minha avó tem um rooftop para onde eu e os meus primos adorávamos ir quando éramos pequenos. É uma pena a vista ser obstruída pela casa num dos lados, caso contrário abria um rooftop 360º (porque se for 180º já não é tão bom), servia uns gins tónicos e ainda fazia bom dinheiro. Qualquer dia eu deixo de ter uma varanda em casa e passo a ter um balcony. De 180º.

 

4. Bulling

 


Lembro-me de andar na escola e andarmos constantemente todos aos pontapés uns aos outros. Porquê? Éramos parvos. Não encontro outra explicação para este facto. Mas ninguém sofria de bulling. Ninguém. Chamávamos-lhe “levar porrada”, mas bulling soa muito melhor.

 

5. Sunset


Houve uma altura em que as pessoas apreciavam o pôr-do-sol e, veja-se bem, organizavam festas nestas horas. Atualmente, não só não se aprecia o pôr-do-sol como também não se organizam festas. O que está a dar são parties na hora do sunset ou, ainda melhor, na sunset hour.

 

6. Selfie

 

No meu tempo tirava perfeitamente fotografias a mim mesma, mas chamavam-se fotografias como qualquer outra. Há 3 diferenças fundamentais entre uma fotografia e uma selfie:

1. A selfie implica o uso de um telemóvel com câmara frontal; na fotografia usava-se uma máquina fotográfica com a câmara virada para nós.

2. Nunca se tira apenas uma selfie. Tiram-se até todas as pessoas ficarem bem para depois se publicar no instagram e facebook; só se tira uma fotografia, se ficar mal, paciência.

3. Há 3500 filtros para se aplicarem às selfies; as fotografias com sorte eram editadas no paint.

 

7. Lifestyle


Lifestyle é traduzido como estilo de vida mas tem imensas interpretações diferentes. Por exemplo, nas secções de jornal com este nome refere-se a “coisas sem a mínima importância que ocupam cada vez mais espaço num jornal que devia trazer notícias". No mundo dos blogues pode querer dizer tudo e mais alguma coisa. Parece-me que esta é a palavra que requer mais estudo.