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Isto É Peanurs

Não percebo nada de política…

… e ao que parece faço parte de uns meros 10% da população que não tem qualquer tipo de problemas em admitir tal facto. Mal distingo esquerda de direita ou republicanos de democratas. Não vi o debate de ontem, nem fiz qualquer tipo de comentário sobre o mesmo em qualquer rede social. Incrível, eu sei. Logicamente, como qualquer pessoa com um QI superior a zero, acho que os americanos têm de ser muito estúpidos para eleger o Trump, mas para ser honesta, nem sequer sei se a Hillary Cliton é uma boa candidata. Só sei que é a única opção viável. Felizmente, parece que os portugueses abraçaram de tal forma a política internacional que conseguem explicar-me tudo o que se passa nas eleições americanas ao pormenor.

Obrigado por dizer obrigado

Fui só eu que já reparei que andamos a usar demais a palavra “obrigado”? Fui? Então se calhar é problema meu. Mas agora que falei nisto, pensem lá sobre o assunto. “É uma questão de boa educação”, dirão aqueles que estiverem a ler isto. Para mim, dizer obrigado por tudo e por nada chega a tirar significado à palavra. É um bocado como dizer muitas asneiras… quando estamos realmente chateados e soltamos um f… ou um c… já não vai saber ao mesmo. Posto isto, parece-me lógico falar de algumas situações em que é escusado agradecer.

 

Quando pedem aos pais ou amigos para vos passarem qualquer coisa à mesa São pessoas que vos conhecem bem e há anos. Poupem-se nas palavras que ninguém vai levar a mal. Com os meus pais nem “obrigado” nem “se faz favor” e ninguém reclama por não dizermos essas palavras. No tempo em que estive na faculdade e vivi com a minha prima (que não está a ler isto porque ele ignora tudo o que seja relacionado comigo) nunca se ouviu um “obrigado” a não ser que fosse a gozar. Alguma vez nos chateámos por causa disso? Nunca.

 

Quando acabaram de comprar qualquer coisa Talvez alguns considerem este ponto falta de educação, mas a mim faz-me confusão ir ao Continente e dizer obrigado à senhora que estava na caixa a fazer o seu trabalho e que me disse obrigado depois de eu lhe pagar. Digo-lhe bom dia, mas vou agradecer-lhe porquê? Por estar a fazer o seu trabalho? Então passo por um pedreiro na rua e vou também agradecer-lhe.

 

Agora não deixem de agradecer a uma pessoa que vos apanha a mala que caiu no meio do chão só porque eu digo para se pouparem nos obrigados. Agradeçam na mesma, mas parem de gastar a palavra. Qualquer dia estamos a agradecer a alguém que nos agradeceu e assim sucessivamente!

Uma esmola para o Talisca

Até os menos interessados na bola já se devem ter percebido do drama que anda pelo ar à custa do jogo de ontem. Honestamente, a única coisa que me chateia verdadeiramente são os dois pontos perdidos pelo Benfica no jogo teoricamente mais fraco desta fase de grupo da Champions, mas a comunicação social insiste em focar as declarações do Talisca no fim do jogo.

 

Para os menos informados, permitam-me o esclarecimento: Talisca foi jogador do Benfica até à época passada. Chegou e começou a marcar golos até mais não mas rapidamente se percebeu que ele não era assim tão bom. Foi para o banco e de vez em quando era-lhe dada a titularidade. Era pior que jogar com 10. Entretanto especializou-se nos livres. Esta época foi emprestado ao Besiktas. Ele diz que nunca quis sair e o presidente do Benfica diz que ele queria sair por dinheiro. Quem é que tem razão? Nunca saberemos.

 

O que se passou ontem foi que, além de ter marcado de livre depois de uma mão na bola do Celis (que tem o QI inferior ao dos concorrentes da Casa dos Segredos) e ter festejado como se não estivesse perante os adeptos que muitas vezes o aplaudiram mesmo que ele não soubesse fazer um passe, ainda foi dizer que o Benfica não lhe pagou o ordenado. Se não o fez, devia fazê-lo (e aqui ninguém sabe se é ou não verdade), o problema está na forma como ele disse as coisas. Primeiro porque uma flash interview da Champions não é o momento para se falar nisto mas sim no que se passou dentro de campo. Se queria falar nisto tinha contactado o CM que teria certamente todo o gosto em fazer disto notícia de capa. E depois porque meter a filha ao barulho faz dele um coitadinho que é coisa que alguém que recebe 1 milhão e meio por ano não é.

 

Diz ele que a filha tinha nascido há seis dias e o Benfica pagou a toda a gente menos a ele. Coitadinho. A filha certamente estará a passar fome. Se calhar o dinheiro não deu para meter gasóleo no Porsche. Até me fez lembrar aquela vez em que o Cavaco se queixou que era complicado viver com a reforma dele. Como acredito que não seja fácil criar uma filha com poucos milhares de euros, peço a todos vós que estão a ler isto que apelem à vossa veia solidária e contribuam para as fraldas da miúda. Se alguém me arranjar o NIB do Talisca vou já tratar de fazer uma transferência.

8 lições de vida dos filmes de terror

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Quem me conhece sabe que não sou fã de filmes de terror porque se quiser ver sempre a mesma coisa, há muitas temporadas de CSI por aí. Mesmo assim, ao longo dos anos, fui vendo um filme aqui e outro ali. Escusado será dizer que nunca me assustei com nenhum porque a minha capacidade de prever o que se vai passar é incrível, mas mesmo assim tirei alguns ensinamentos para a vida que partilho convosco:

 

1. Não te surpreendas com o óbvio


Se estás numa situação assustadora e sabes que há um assassino atrás de ti, é mais que óbvio que eventualmente vais “esbarrar” nele. Se vires alguém morto no meio do chão, não fiques duas horas a olhar para uma pessoa que não podes salvar e corre antes que o assassino te apanhe. Se por acaso escolheres ficar a olhar para a pessoa morta no chão, não te espantes quando olhares para trás e vires os bonitos olhos do assassino. É uma coisa que as personagens de terror fazem recorrentemente sendo que o assassino devolve esse olhar e há ali um momento quase ternurento de constatação do óbvio.

 

2. Carrega o telemóvel antes de saíres de casa


Parece uma coisa básica mas há quem não o faça. Se têm 5% de bateria, nem levem o telemóvel (a menos que seja um 3310) porque não vão conseguir ligar para o 112 quando alguém aparecer à vossa frente com uma faca pronta a cortar-vos a garganta. Claro que, nos filmes de terror, mesmo que haja bateria, não há rede nem que andem quilómetros e quilómetros, mas quero acreditar que na vida real há rede em mais lugares.

 

3. Mete pilhas na lanterna


Quem nunca encontrou um túnel no meio do nada, decidiu explorá-lo mas de repente ficou sem pilhas na lanterna desdobrável que trazia no bolso das calças? Se andares com uma lanterna, leva pilhas. É um conselho para a vida.

 

4. Vê onde metes os pés


Imagina que estás a fugir de alguém armado/a em Usain Bolt. É boa ideia para de olhar para trás e olhar antes para aquele ramo estrategicamente bem colocado para te fazer cair e te deixar no chão a gritar durante meia hora à la João Moutinho.

 

5. Não vás sozinho/a a sítios assustadores


Este é daqueles como “não fales com estranhos” ou “olha sempre para os dois lados da passadeira”. É óbvio mas o pessoal dos filmes de terror continua a cometer este erro uma e outra vez. É incrível como é que alguém pensa que é melhor ir sozinho a um sítio assustador do que acompanhado.

 

6. Se fores em grupo, não te separes


Decorrente do ponto anterior, chega-nos a estupidez ao mais alto nível. “Ui, esta casa é capaz de ter uns dois quartos, uma casa de banho, uma cozinha e uma sala. Se calhar é melhor cada um de nós ir ver uma divisão para ver se despachamos isto mais depressa”. É assim que eles pensam e é por isto que no final acabam todos mortos.

 

7. Não vás a sítios assustadores à noite

 

“Precisava mesmo de ir àquela casa abandonada no meio do nada procurar pistas sobre o vilão desta história, vou esperar por amanhã de manhã quando se vir alguma coisa”, disse nenhuma personagem de um filme de terror. Sim, porque ir aos lugares de que se tem medo durante o dia é para os fracos. Onde é que anda o sentido de aventura das pessoas normais?

 

8. Tenham noção

 

Ó amigos, se estão mortos, não tentem fingir que estão vivos. Não é assim tão complicado perceber que são fantasmas. Os fantasmas não conseguem mover objectos (só se for com a mente, mas calculo que seja necessário um nível alto de fantasmagorice para o fazer) nem fazer-se ouvir entre os humanos. Se têm assuntos por resolver vão procurar a Jennifer Love Hewitt ou apareçam quando vos chamam no jogo do copo.