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Isto É Peanurs

O cubo mágico

Não, não venho falar-vos do cubo de rubik e dar-vos a solução para o mesmo (até porque nunca consegui resolver nenhum). Venho falar-vos dos verdadeiros cubos mágicos capazes de transformar uma pessoa como eu numa chef de cozinha. Na verdade isto não chegam a ser cubos porque os cubos têm as seis faces iguais. Isto são pequenos paralelepípedos de caldo, que eu não gosto de chamar os sólidos por nomes que não são os deles.

 

 

Ontem ao jantar fui praticamente obrigada a fazer o meu comer. Pensava eu que viver com os pais tinha o benefício de ter comida feita. Não. Pus peito de frango a descongelar e procurei uma receita simples no Chef Online. Ora, eu não sei cozinhar. É um dos muitos assuntos dos quais não percebo nada. Mas digo-vos isto: o meu jantar estava digno de Masterchef, culpa dos paralelepídos de caldo de carne que comprei há uns tempos no Continente por uns míseros 75 cêntimos. 

 

Estes pequenos concentrados de especiarias são uma descoberta recente. A minha mãe não é adepta porque sabe temperar decentemente qualquer coisa. Eu sou aquele tipo de pessoa que não distingue um ramo de salsa de um de coentros. A nível de temperos estou no mais básico: aquele em que nos parece genial acertar na quantidade certa de sal que pomos no arroz. 

 

Portanto, e citando-me a mim mesma, vamos tirar um minuto do nosso tempo para agradecer à pessoa que se lembrou de juntar mil e uma especiarias num pequeno paralelepípedo e que, consequentemente, faz de mim uma excelente cozinheira. Posso não saber ao certo o que estou a comer, mas que as coisas ficam com outro sabor, lá isso ficam!

 

P.S. Quem é que se lembrou de inventar isto? 

 

Questões que assolam a humanidade #10

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Porque é que é impossível a água ficar a uma temperatura intermédia?

 

Mais que uma questão, há muito que isto se tornou um desafio diário. Tomar banho, lavar a loiça ou fazer qualquer outra coisa que envolva água que entra em contacto com a nossa pele, significa perder minutos a tentar que a água fique à temperatura ideal. Raramente fica e nessas vezes, não se sabe bem porquê, sem que se mexa na torneira, a água volta a uma temperatura de extremos numa questão de poucos minutos. 

 

Isto é que é uma tarefa digna de Missão Impossível. Imaginem-se no cinema a ver durante duas horas o Tom Cruise a tentar regular a temperatura de uma torneira. Era digno de oscar!

Letras com nota artística #7: "Believe"

 

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A parvoíce que vos trago hoje não foi ideia minha. Na verdade foi um pedido (sintam-se à vontade para fazer o mesmo), mas é sempre um prazer analisar as belíssimas letras que encontramos na Eurovisão. Vamos então recuar até 2008 e ouvir o vencedor desse mesmo ano: Dima Bilan com "Believe".

 

 

"Even when the thunder and storm begins
I'll be standing strong like a tree in the wind
Nothing's gonna move this mountain
Or change my direction

I'm falling off that sky and I'm all alone
The courage that's inside is gonna break my fall
Nothing's gonna dim my light within

But if I keep going on
It will never be impossible
Not today

'Cause I've got something to believe in
As long as I'm breathing
There is not a limit to what I can dream
'Cause I've got something to believe in
Mission to keep climbing
Nothing else can stop me if I just believe
And I believe in me

Even when the world tries to pull me down
Tell me that I can try to turn me around
I won't let them put my fire out
Without no

But if I keep going on
It will never be impossible
Not today

'Cause I've got something to believe in
As long as I'm breathing
There is not a limit to what I can dream
'Cause I've got something to believe in
Mission to keep climbing
Nothing else can stop me if I just believe
And I believe

I can do it all
Open every door
Turn unthinkable to reality
You'll see I can do it all and more.

Believing
As long as I'm breathing
There is not a limit to what I can dream
'Cause I've got something to believe in
Believing
Mission to keep climbing
Nothing else can stop me if just believe
And I believe me"

 

É possível que isto seja plágio de um dos livros do Gustavo Santos. Acredito que os ensinamentos fundamentais desta canção estão logo no segundo verso: "vou manter-me forte como uma árvore ao vento". Das duas uma: 

  • Ou na Rússia não há dias dignos daquela parte do "The Day After Tomorrow" em que os furações até arrancam prédios;
  • Ou em Portugal as árvores são muito mariquinhas. Vem um rajada a 10 km/h e as árvores já estão todas em cima de casas e de estradas.

 

Felizmente nesse mesmo verso percebemos claramente que a alusão à árvore é uma mera comparação (má, mas é). No verso seguinte o homem afirma-se como sendo uma montanha. Não há cá comparações, é uma afirmação. Mas se ele é uma montanha, porquê comparar-se a uma árvore? E porquê dizer logo de seguida que nada vai alterar a sua direcção? Amigo, se és uma montanha dificilmente tens uma direcção e ainda menos alguém consegue alterá-la.

 

Vamos imaginar que este belo poema é como os Lusíadas onde a continuação de uma frase, se fosse preciso, estava no canto seguinte. Partindo do princípio que o seguimento de "I'm falling off that sky and I'm all alone" é "But if I keep going on" ou que pelo menos as duas estão relacionadas e partindo também do princípio que os ensinamentos do catolicismo estão correctos e o inferno é debaixo da terra, é capaz de ser perigoso ele cair do céu e continuar sem parar.

 

Passemos para o refrão. Atenção: o Dima Biland acredita nele. Óptimo. Sabendo isso vou dormir muito melhor esta noite. Agora há uma coisa que me faz confusão. Não há nada com que ele não consiga sonhar? Nada? Ele que experimente sonhar com uma nova cor. Vá, força nisso!

 

Para terminar, parece-me que há outro ensinamento fundamental nos versos anteriores ao último refrão: o Dima Bilan é uma chave mestra. Não sou eu que estou a inventar. É ele que o diz. Pelo menos é a única explicação lógica que eu encontro para o verso "Open every door". Ora isto assusta-me e, ao mesmo tempo dá-me a esperança de um dia também poder vir a ser uma chave mestra e conseguir abrir a porta de minha casa sempre que me esquecesse da chave. A partir de hoje o meu objectivo de vida é ser simultaneamente uma montanha e uma chave mestra. Como é que eu vou conseguir isso? Epa, é acreditar em mim! 

Não, eu não sou Charlie

Depois dos atentados do Charlie Hebdo a hashtag #JeSuisCharlie foi usada até à exaustão. Nunca a usei por um motivo simples: não posso ser algo que não conheço a 100%. Como licenciada em Ciências da Comunicação, sempre prezei a liberdade de imprensa, mas toda a liberdade tem limites. No Charlie Hebdo deviam saber isso melhor que ninguém. 

 

O jornal francês fez uma caricatura em que o miúdo que morreu, e cuja foto do corpo estendido na praia correu o mundo, onde este aparece já mais velho, com uma cara de porco e a correr atrás de uma mulher numa clara alusão ao que se passou na Alemanha na passagem de ano. 

 

 

A mim sempre me ensinaram o que é respeito. Infelizmente nem todos têm essa sorte. O Charlie Hebdo sempre mexeu com a religião e a religião é um dos temas em que o humor precisa de cuidado, muito cuidado. 

 

Lembro-me de estar numa aula de escrita de comédia e de alguém perguntar ao Ricardo Araújo Pereira quais eram os limites do humor. Ele disse que o humor não os tinha, que podíamos rir com qualquer assunto. Daí a conversa partiu para o humor negro. De facto, acredito que o humor possa ser usado em tudo, inclusive na religião. Tem é de ser pensado. E os jornalistas do Charlie Hebdo não pensam. Limitam-se a servir uma vingaça. Isto não é humor. Ninguém se ri com isto. Tal como eu nunca me ri com as poucas caricaturas que tinha visto ainda antes dos atentados ao jornal. É por isso que nunca fui Charlie. Não bastam meia dúzia de risco e uma frase satirica para se chamar humor. 

Os vestidos dos Globos de Ouro

O título foi suficientemente chamativo? Sim? Então continuem a ler porque apesar de este texto nada dizer sobre os vestidos que pisaram a passadeira vermelha, fala sobre a segunda coisa mais importante da noite: os vencedores.

 

É uma verdadeira perda de tempo estar a ver pessoa a desfilar na passadeira vermelha e ficar acordada até às tantas à espera de saber se os meus favoritos venceram. E este ano até tinha favoritos. A nível cinematográfico o Leonardo lá levou mais um prémio. Será que é este ano que ele vai vencer o óscar? Deixem-me ter paciência para as 2 horas e 30 que o filme demora e depois comento.

 

A nível de séries correu (quase) tudo como eu queria. Não me parece que a Lady Gaga merecesse vencer, mas já todos sabemos que o nome também conta. Eva Green devia ter ganho pelo seu desempenho fenomenal em Penny Dreadful da mesma forma que acho inacreditável a não vitória de Rami Malek por Mr. Robot. Mas Mr. Robot nem por isso saiu de Beverly Hills de mãos a abanar. "Melhor série dramática" superando séries com bem mais espetadores como Game Of Thrones. De facto, Mr. Robot é das melhores séries que já vi e eu já vi muita. O tema pode nem ser o mais apelativo, nem tão pouco o mais fácil de perceber, mas a complexidade da série rapidamente se desenvolve no nosso cérebro e nos faz querer ser parte da F Society. E mais que uma boa história é a maneira como esta é filmada e escrita. Monólogos intensos que nos levam a pensar.

 

 

 Mas atrevo-me a dizer que a grande vencedora da noite e surpresa está na categoria de comédia/musical. Mozart In The Jungle, uma série da Amazon sem muito público, já tinha sido a surpresa das nomeações e acabou eleita como melhor série da categoria contra séries como Tranparent ou Orange Is The New Black. A par de Mr. Robot é a minha série preferida de 2015. Esta por razões claramente diferentes. Mozart In The Jungle é uma série mais leve com episódios de cerca de meia hora. Foi precisamente por isto que a comecei a ver. Já passava da meia noite e não me apetecia ver um episódio de 45 minutos porque isso fazia com que me fosse deitar demasiado tarde. Acabei por ver três de Mozart In The Jungle e os outros sete da 1.ª temporada no dia seguinte. É viciante, mas mais que isso, é diferente de tudo o que já tinha visto. Mozart In The Jungle não se resume à típica série musical em que uma personagem canta para pedir que alguém lhe passe o pão à mesa. Mozart In The Jungle foca-se na música clássica e nas aventuras de um maestro (cujo actor também levou o Globo para casa) que se muda para a Orquestra de Nova Iorque quando todos o consideram o melhor. Na verdade é ele completamente louco mas adorável. Se nunca viram, tratem disso. É um conselho de amiga!

 

 

E porque eu sou uma pessoa coerente, tomem lá vestidos:

 

 

P.S. Para comentários terão de procurar um dos 85415641546 blogues de moda, sejam eles bons ou maus.

10 possíveis sucessores de Lopetegui

É uma notícia que está a abalar muitos portugueses (leia-se Benfiquistas e Sportinguistas): Julen Lopetegui foi mesmo despedido. Estou ainda mais triste do que quando fizeram o mesmo ao Paulo Fonseca. É nesta altura que os jornais começam a especular. André Villas-Boas, Marco Silva, Nuno Espírito Santo, Jesualdo Ferreira e afins são alguns dos nomes mais falados. Eu, que sou uma pessoa muito prestável, junto-me à especulação e apresento-vos uma lista de 10 possíveis sucessores do espanhol. A lista inclui oito treinadores de topo e dois prontinhos a começar uma carreira. Façam o favor de fazer chegar estas propostas ao Jorge Nuno.

 

 

Paulo Bento

É uma das minhas propostas preferidas. Paulo Bento teve um grande desempenho no Sporting e também o teria tido na selecção se não fosse a temperatura no Brasil. Actualmente está na RTP a dizer "ah concordo ah com tudo ah aquilo que o ah Carlos Daniel ah disse". Além de uma excelente opção para treinar o Porto, animava as conferências de imprensa que eram o ponto mais fraco de Lopetegui.

 

 

José Couceiro

 

Já conhece os cantos à casa porque já treinou o Porto em 2005. Seria certamente um regresso aplaudido por todos. Dos três grandes, só o Benfica cometeu a estupidez de nunca o ter contratado.

 

 

Carlos Queiroz

Mais uma excelente opção. Carlos Queiroz pode até não ter vingado na selecção nacional, mas não podemos esquecer que o português era o cérebro por trás das conquistas de Sir. Alex Fergusson no Manchester United.

 

 

Carlos Carvalhal

Um treinador exemplar que também já conhece os cantos à casa. Actualmente treina o Sheffiel Wednesday, um clube da segunda divisão inglesa que ninguém conhecia até que há umas semanas venceu o Arsenal. Com ele ainda estavam na Champions!

 

 

Rui Vitória

Estou de tal forma empenhada em arranjar um treinador para o Porto que até lhes "ofereço" o do meu clube. Rui Vitória não é considerado treinador por Jorge Jesus, mas se olharmos para a história e esquecermos as seis derrotas que tem em meia época no Benfica, vemos que é um excelente quase-treinador. Aproveitem agora que é época de saldos e com sorte levam outro lateral.

 

 

Rafa Benitez

Passamos para um dos melhores treinadores do mundo. Já passou pelo Liverpool, Cheslea, Inter e mais recentemente Real Madrid. Fartou-se de ganhar títulos em todos estes clubes (excepto no Real) e entre eles está a Liga Europa em 2013 ao Benfica. Se isto não é um argumento convincente, não sei o que será.

 

 

Ancelotti


Sim, eu sei que ele já foi dado como certo no Bayern na próxima época, mas até lá pode querer um part-time e aproveitava. Assim esperavam até que o contrato do Villas-Boas acabasse.

 

 

Brendan Rodgers

Está sem emprego desde que foi despedido do Liverpool para dar lugar a um treinador que consegue estar a fazer um trabalho tão mau como o seu. Mas antes que pensem que este é um péssimo treinador, deixem-me que vos diga que levou o Liverpool ao segundo lugar da Premier League. Imaginem o que podia fazer pelo Porto.

 

 

Batatinha

"Ah mas o Batatinha não é treinador". Epa o Guardiola também nem sempre foi treinador, há que dar oportunidades às pessoas. Além disso os jogadores nem iam notar que tinha saido um palhaço para dar lugar a outro.

 

 

Cavaco Silva

Este último já é um caso de bondade. Todos sabemos que o Aníbal está prestes a perder o emprego e, como devem calcular, a reforma não lhe chegará para comer. Assim sendo, junta-se o útil ao agradável.

 

Podia também sugerir o meu nome, mas todos sabemos que não aguentava uma semana a ouvir o Pinto da Costa.

Questões que assolam a humanidade #9

 

Como é que o sapato da Cinderela só lhe servia a ela?

 

Não querendo arruinar um dos contos infantis mais adorados de sempre, há várias coisas na história que me incomodam. Primeiro: os sapatos deviam desaparecer. O vestido, a carruagem e afins desaparecem quando o feitiço acaba à meia-noite, mas os sapatos não. Qual é a explicação? E, por sorte, tinham de ser mesmo os sapatos. A rapariga podia ter ficado com o vestido, mas isso não permitia que o príncipe a encontrasse depois, não é?

 

Mas supondo que a Fada Madrinha fez de propósito para que a magia dos sapatos durasse mais que a restante, como é que se produz um sapato que só serve a uma pessoa? É que todas as raparigas experimentaram o sapato. TODAS! Partindo do princípio de que a Cinderela era uma rapariga de estatura perfeitamente normal e calçava um 37/38, os sapatos tinham de servir a mais raparigas. Portanto, ou a Cinderela calçava o 50, ou então esta história está muito mal contada.

12 "desejos" que não se vão realizar em 2016

Comeram as 12 passas à meia noite? Pediram os 12 desejos enquanto as comiam? Parabéns para vocês. Eu não fiz nem um coisa nem outra. Primeiro porque não gosto de passas. Geralmente como Ferrero Rochers que me ofereceram no Natal (não 12, mas pronto). Segundo porque raramente me lembro de pedir desejos e, das poucas vezes que isso acontece, nunca tenho 12 para pedir. Não que não os arranjasse, mas já me parece rebuscado o Benfica ser campeão portanto não me vou dar ao trabalho de pedir para ganhar o Euromilhões sem jogar e afins. E como pedir é muito bonito, ficam 12 coisas que não se vão realizar em 2016, independentemente de as terem pedido ou não.

 

O final da crise

 

Esqueçam. A crise gostou do nosso clima, dos nossos pastéis de nata e das nossas 1001 receitas de bacalhau. Chegou, instalou-se e agora ninguém tira de cá. É como na Grécia. Deve gostar de climas solarengos. Se ela não se agravar já é uma sorte.

 

Bons programas na televisão portuguesa

 

É possível que alguém tenha pedido o final dos reality shows, dos programas de domingo à tarde, das novelas ou de qualquer programa que envolva o Pedro Guerra. Lamento, não vai acontecer. Reality shows dão audiências, programas de domingo dão dinheiro, novelas são um excelente enche chouriços sem que seja preciso pensar muito numa história e o Pedro Guerra... é o Pedro Guerra.

 

Portugal campeão europeu de futebol

 

"Vamos para vencer o Euro", "assumimo-nos como candidatos", "temos todas as condições para vencer", etc. São frases que ouvimos de 2 em 2 anos (adaptadas em altura de mundiais) e o mais próximo que estivemos de as ver concretizadas foi há 12 anos atrás quando perdemos com a poderosíssima Grécia. Esta é a eterna promessa que nos é feita todos os anos e a que se segue um conjunto de "justificações" deploráveis quando somos miseravelmente afastados da competição em questão. Os jogadores vão ver o Presidente da República, rumam à Portela com o discurso de sempre: "estamos confiantes, temos uma excelente equipa, mas isto é etapa a etapa". Chegam lá e falham a passagem do grupo, ou passam e perdem na eliminatória seguinte contra um dos colossos como a Rússia ou a Suécia. Voltam a Portugal, queixam-se do joelho do Ronaldo, da temperatura, do local onde estagiaram, das longas deslocações, dos croissants, do medo do Estado Islâmico ou das t-shirts não estarem bem passadas a ferro. Há sempre uma desculpa. Mas verdade seja dita que a culpa disso é dos adeptos que ainda acham possível um Éder ou um Nani marcar um golo ao Neuer ou o Rui Patrício conseguir defender um golo de um Benzema ou de um Muller. 

 

Ter um ano político estável

 

Dia 24 deste mês há eleições (e eu faço anos). Basta olhar para os candidatos para perceber que tudo é possível à excepção da estabilidade. Até porque todos nós sabemos que Belém vai ser ocupado pelo Marcelo nos próximos tempos. Vamos ouvir o PR todos os dias, seja a falar do quão bem está o seu Sporting de Braga ou a recomendar livros. De política se calhar não vamos ouvir tanto, mas também convenhamos que o comentário desportivo é bem melhor para as audiências.

 

Acabar com a guerra no mundo

 

Ainda há quem se aproveite deste cliché para pedir no início do ano? Sim? Então lamento desiludir-vos, mas isto é ainda mais improvável do que ver Portugal vencer o Euro. Vamos ver se nos entendemos: a guerra e as desavenças estão cá desde sempre. Olhem para o Caim que matou o próprio irmão. Quando Deus criou o mundo deve tê-lo achado chato e, não havendo playstation ou cinema, acabou por criar tudo isto na vida real. Assim, quando se cansa da seca que deve ser o céu, dá uma olhadela pela Síria e diverte-se. Além disso a guerra é uma excelente forma de propaganda para os Estados Unidos, que estão sempre a ajudar os mais desfavorecidos, uma fonte inesgotável de notícias para os media e uma forma de nos manter activos nas redes sociais.

 

Vender o Pizzi por mais de 14 milhões

 

É a notícia que mais comentários gerou ontem (ou talvez não): o Benfica faz mais um excelente negócio com o Atlético de Madrid e compra o restante passe do Pizzi por 8 milhões de euros. Sim, 8 milhões de euros o que, no total, prefaz 14 milhões pelo passe completo. 14 milhões. O Atlético não sabe fazer negócio. Pizzi, Jimenez, Roberto, Reyes vieram todos do Vicente Calderon e para lá mandámos jogadores péssimos como o Simão e o Oblak. Obrigada estrutura!

 

Vencer a Eurovisão

 

É como ganhar o Euro: impossível. Não só por todas as condicionantes, mas acima de tudo porque este ano Portugal nem participa. Uma pena. Portugal até costuma levar músicas tão boas.

 

Ganhar o Euromilhões

 

Tu, que estás a ler isto, não vais ganhar o Euromilhões. É triste, mas verdade.A menos que num dia apostes em todas as combinações, mas aí o Euromilhões não ia servir de muito. 

 

Emprego para toda a gente

 

Se são como eu e "arranjar um emprego" faz parte da vossa lista de desejos, tenham calma. Eu preciso mais. Não sei exactamente porquê, mas preciso. Antes que me surjam mais ideias ridículas. Tal como a crise, também o desemprego veio para ficar. Felizmente há os cursos super úteis do IEFP que se podem ir fazendo para passar o tempo. 

 

Portugal trazer um monte de medalhas dos Jogos Olímpicos

 

Isto do desporto é sempre igual. Vamos com as expectativas que temos para o Euro. O Nelson Évora traz as três medalhas no triplo, a Telma Monteiro ganha este ano, o Rui Costa vai ensiná-los a andar de bicicleta, a selecção de sub-21 vai dar cabo deles, e afins. Vamos sempre com as esperanças todas. Entretanto as coisas começam a correr mal. É uma queda no ciclismo, é uma derrota injusta na primeira eliminatória do judo, são as quenianas que correm muito depressa, é a eliminatória do peso que é na hora de estar na cama e assim sucessivamente. Com sorte um desconhecido consegue um bronze a dar um tiro num alvo a não sei quantos metros de distância e é o herói nacional. Chegados cá, a comitiva queixa-se de falta de apoio. E é assim de 4 em 4 anos.

 

Acabar com a kizomba

 

É com muita pena (mesmo muita) que vos digo que os ritmos do Anselmo e dos primos todos veio para ficar. Pelo menos mais uns tempos. Mas se sobrevivemos ao kuduro, também havemos de ultrapassar isto. Podia ser pior. Imaginem que o Agir inventa um novo género musical que envolve o que quer que ele faça, kizomba e um remix do "Bacalhau quer alho"?

 

Fazer as pessoas perceberem que as páginas são 366

 

Já todos vós tiveram vontade de estrangular as pessoas que publicaram qualquer porcaria que incluísse "página 1 de 365", ou fui só eu? É que, além de isso ser parvo, é estúpido. Amigos, o ano é bissexto. O que é um ano bissexto? É aquele que tem 366. Epa editem essas imagens no paint. Não é preciso um curso.

 

Então tenham um bom ano!