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Isto É Peanurs

José Mourinho e a sua definição de fantástico

José Mourinho diz que está a passar uma fase "fantástica" da sua carreira. "Fantástica" foi o adjectivo usado pelo homem que, passados anos a viver em Inglaterra, ainda acha que think  se diz sink. Já o tinha dito há umas semanas e voltou a reforçar a ideia ontem, depois de perder na Taça da Liga Inglesa com o Stoke City. José Mourinho, nesta altura, perdia até para Rui Vitória. Ou para mim. Como se não fosse já suficientemente ridículo falar em fase "fantástica" com os resultados que o Chelsea tem tido, Mourinho ri-se e ainda diz "ah e tal amanhã estou de folga, tenho uma família fantástica e quinta vamos continuar a trabalhar como até aqui".  O que interessa é ter folgas e depois continuar a trabalhar como tem feito. Tem corrido tão bem, para quê mudar alguma coisa?


A verdade é que José Mourinho sempre teve a mania. Diz a minha mãe (que adora o homem) que ele tem razão para ter a mania. Terá? Esta época sem dúvida. Qualquer adepto quer ver o seu treinador com respostas arrogantes depois de perder 5341646 jogos seguidos. No dia em que o Rui Vitória começar a fazer isso, deixo de gostar dele... oh wait.

Uma menção honrosa também para o Arsenal. Não pode ser fácil perder para o Carlos Carvalhar e ser wednesday outra vez.

Questões que assolam a humanidade #8


Quem é que se lembrou de mudar a hora?

Eu até percebo o porquê da mudança da hora. No inverno as horas de luz são menos e por isso é preferível distribui-las o mais equitativamente possível entre manhã e tarde. Até chega a fazer algum sentido. O que me faz confusão é o surgimento da ideia. Quando é que começou a mudar a hora? Quem é que se lembrou de o fazer? E como é que todos os fusos horários têm essa regra?

Diz o Observador que esta regra se verifica desde 1916 como forma de poupar energia. Eu a pensar que havia realmente uma razão lógica como "não queremos acordar às 9 da manhã e ser de noite", mas afinal era só para poupar energia. Custa a acreditar que todos os países tenham aderido a esta ideia. Mas o mais ridículo é mesmo o facto de a hora atrasar ou adiantar ao fim de semana. Se era para atrasar a hora, que fosse a um dia de semana para as pessoas poderem dormir mais. Quando chegasse a hora de adiantar, fazia-se a uma sexta-feira durante o dia. Fica a sugestão. E preferencialmente sempre no mesmo dia, porque isto do "último domingo de outubro" não dá com nada.

O jogo da "Chemps" em meia dúzia de pontos (e mais alguns)


  • Merecíamos o empate. Não falo em vitória porque estou a tentar tornar-me numa pessoa isenta e o jogo até foi equilibrado.
  • O Sílvio é pior que o Eliseu. É difícil, mas verdade. O André Almeida fazia melhor o lugar mas nesse caso o Samaris tinha de fazer o meio campo sozinho. Porque é que o Lindelof não tem uma oportunidade? Porque cenas.
  • A primeira mexida do Rui Vitória foi para meter o Pizzi (foi, não foi?) e tirar o Eliseu. Para isso tirava o Sílvio que estava lá a fazer o mesmo que eu. 
  • Já não posso ver o Pizzi à frente. Não posso mesmo. Já me ofereci para lhe ensinar a fazer passes, mas parece que ninguém quer. Juro que faço passes melhor que ele e tive 13 a educação física.
  • Os comentadores ingleses (je suis Inácio) disseram, e cito, "nunca vi o Mitroglou a jogar bem". Pelo menos marca golos e não custou 9 milhões de euros. Mas isto não se pode dizer aos benfiquistas no geral.

  • Outra coisa interessante que eles disseram foi que o Gaitán não joga com amor ao futebol. Nunca ouvi nada tão certo. É impressionante como em meia dúzia de palavras explicaram tão bem o porquê de eu não gostar dele. Há uns tempos que toda a gente já notou que ele está no Benfica contrariado. Eu não peço 11 Gerrards no Benfica, peço é que joguem com vontade de vencer e não com "vontade de me mostrar para sair daqui rapidamente".
  • Não há a m*rda de um oito para jogar à frente do Samaris. O Pizzi e o Talisca são o que são e o André Almeida serve, mas não é um génio. O Cristante custou 5 milhões, é a maior promessa do futebol italiano, mas ninguém lhe dá uma oportunidade. Eu sei que o futebol italiano é uma miséria, mas comparando com as alternativas...
  • O Jonas parecia o Éder.
  • O Samaris não podia ver amarelo noutro dia qualquer? Agora vou à Luz ver um meio campo com o Fejsa e Pizzi? Epa...
  • Já tinha dito aqui, mas não custa dizer mais uma vez. O Sneijder é ... epa não sei. A minha mãe já não me podia ouvir a falar nele. Se eu tivesse vontade de aparecer na RTP daqui a duas semanas, levava um cartaz a pedir-lhe a camisola.

Esmagar os mais pequenos

Ui, que jogo, que qualidade futebolística, que classe...

É mais ou menos assim que podíamos descrever o jogo do Benfica frente ao Vianense. Pelo menos antes de este ter começado. Agora que está acabado apraz-me dizer algo como: ui, que m*rda.

A Taça de Portugal está longe de ser uma competição fenomenal. É engraçado ver os clubes mais pequenos defrontar os maiores, mas todos sabemos como é que os jogos vão terminar. Isso tira a piada toda ao futebol. Felizmente hoje houve suspense até ao fim e o mérito disso vai todo para o Benfica.

Uma equipa com Júlio César, Eliseu, Luisão, Jardel e Mitroglou teve sérias dificuldades em vencer o Vianense. Sim, o Vianense. A equipa treinada pelo Andrés Madrid. Cinco titulares indiscutíveis quase perdiam. Até me podem dizer que o Vianense teve sorte. Não teve. O Vianense fez o seu trabalho bastante bem. Um guarda-redes competente, um golo fenomenal e uma vontade de vencer que o Benfica não teve nos 90 minutos.


É preciso chegar o Carcela, que mal se tinha visto no Benfica, e um defesa central para resolverem o jogo. Algo está errado. O Mitroglou marca golos na selecção grega e não conseguiu marcar hoje. Isto diz muito sobre o que foi o jogo. Mas, vendo bem as coisas, e natural que o Mitroglou não tenha marcado. Não tinha tradutor para perceber as indicações do Rui Vitória.

Enquanto isso o Pizzi e o Talisca voltaram ao nível de forma a que nos foram habituando. Pena esse nível ser bastante baixo. Estranhei que o árbitro não assinalasse um penalti a favor do Benfica. Com certeza não quer vouchers para jantares ou almoços.

Ah, a falta que um Jonas e um Samaris fazem à equipa. Até mesmo um Gaitan. E um defesa direito? Isso é que vinha mesmo a calhar, ou vamos à Turquia com o Sílvio? Se é para isso, levem-me a mim. 

Fora das quatro linhas

Há uma mania no futebol que me chateia: o "futebol" praticado fora das quatro linhas. Não é novo, mas ganhou novo alento desde que o Bruno de Carvalho assumiu a presidência do Sporting. Sendo eu adepta da bola, desprezo este senhor. E não é só por ser benfiquista. Este senhor tem um problema ainda mais grave que o Pinto da Costa. Enquanto o dirigente portista atacava o Benfica para defender o seu clube, Bruno de Carvalho ataca o Benfica porque, como qualquer criança que se preze, quer que lhe respondam. Felizmente, Luís Filipe Vieira não se dá a esse trabalho.

Durante muitos anos havia troca de palavras entre os presidentes do Porto e do Benfica. Continua a ser assim. Nenhum dos dois dá importância ao Bruno. Mas ele faz a festa sozinho. Confesso que não vi o fantástico programa da TVI24 onde o Bruno fez as acusações ao Benfica. Nem vi, nem vou ver. Mas tenho acompanhado com algum agrado o desenvolvimento deste "caso" dos jantares que o Benfica ofereceu aos árbitros. É engraçado que ainda hoje ouvi o Presidente do Marítimo a dizer que o clube oferecia camisolas personalizadas aos árbitros e o Pedro Proença a admitir que tem centenas de camisolas de clubes em casa. Aposto que são todas do Benfica e do Marítimo. Não me parece que mais algum clube dê presentes aos árbitros. A menos que seja uma fruta da época ou uns cafés com leite.

Depois vem o Benfica e responde com mais uma acusação ao JJ. 14 milhões. Um euro por cada adepto do Benfica. O advogado do treinador que, mais uma vez, fez uma campanha miserável na Champions diz que este número é ridículo, que o Benfica só tem 200 mil sócios e não pode ter tantos adeptos. Então os adeptos são todos sócios? Peço desculpa então. Não sabia que precisava de um cartão e de pagar 12€ por mês para ser adepta de um clube. Assim sendo, nunca mais me afirmarei como adepta do Benfica até arranjar uma cartão desses. Para mim as contas estão erradas por outro motivo. Os adeptos não podem valer todos o mesmo. Se eu, enquanto adepta, tenho o valor de um euro, o meu pai, no máximo, vale 0.10€ e a minha mãe 0.30€. Não somos todos iguais. Eu, que conheço todo o plantel do clube, não posso estar no mesmo patamar do meu pai, que só conhece o Luisão.

Fico à espera para saber qual a próxima jogada do Bruno. Certamente receberá mais uma denuncia anónima na qual terá uma confiança cega. Até lá, parece que ele vai ver o jogo em casa. Eu também. Mas eu vou ver na net, porque o meu pai recusa-se a ter qualquer canal de desporto cá em casa. Será que ele também vai ver na net ou tem Benfica TV?

Quando a laranja deixa de ser mecânica

Sabem há quanto tempo é que a Holanda não ficava de fora de um Europeu? Desde 1984. É muito tempo e havia de chegar o dia em que voltariam a ficar de fora. Só ninguém esperava que fosse em 2016.

A Holanda é uma das selecções europeia mais fortes. Ou, pelo menos, era. Há duas pessoas que podemos "culpar" logo à partida: o treinador Danny Blind e o Robben que está lesionado há sensivelmente 54646464646848545152 milénios. 

No último Mundial foram terceiros classificados e tiveram uma qualificação invicta. Não se esperava menos para esta. Num grupo onde os apurados foram a Turquia, a República Checa e a Islândia, ninguém acreditaria que a Holanda se ficaria pelo 4.º lugar. Mas aconteceu. Uma selecção cheia de estrelas como Memphis Depay, Van Persie, Huntelaar ou Sneijder, fica de fora do Europeu sem ninguém ter percebido bem o que se passou.

A verdade é que aquele último jogo frente à República Checa (que a Holanda tinha de ganhar e esperar que a Islândia fizesse o mesmo) provou que a Holanda não merecia ir ao Euro. Num jogo em que vitória era a única solução, chegaram a estar a perder por 3-0 (porque o Van Persie se enganou na baliza). Desistiram muito cedo. E se há coisa que eu não consigo ver no futebol é desistência. 


O engraçado destes jogos é vermos no final os jogadores com a maior cara de enterro do mundo ou a chorar baba e ranho. Ora, se há jogador que merecia ir ao Euro é o Sneijder. Não cheguei a perceber se ele estava a jogar à defesa, a meio campo ou a avançado. Ele estava em todo o lado. A rematar, a defender, a agir como um capitão deve agir. Quem me dera ter um capitão assim na selecção portuguesa. 

Nos últimos tempos, na selecção, o seu percurso tem sido feito com muitos altos e baixos, mas fico feliz por ver um dos jogadores de quem mais gosto voltar definitivamente ao topo na selecção, ainda que isso não se reflicta numa ida ao Euro. E fico feliz também por perceber que o Benfica tem bilhetes a 16€ para o jogo com o Galatasaray na Luz. E eu que já estava a contar desembolsar 25€ para ir ver o meu holandês preferido. 

Portanto, Sneijder podes vir cá a casa ver o Euro. Não deve ser tão luxuosa como a tua, mas tenho um sofá, um plasma e ainda arranjo minis fresquinhas e tremoços.

Afinal a culpa era mesmo dos médicos

Lembram-se do Mundial 2014 e do departamento médico que levou com as culpas da fraca exibição da selecção? De facto, é possível que a culpa tenha sido dos médicos. O problema é que os médicos foram substituídos e a incompetência é a mesma.

Nélson Semedo foi titular no jogo deste domingo frente à Sérvia e, só quando voltou aos treinos pelo Benfica, se percebeu que estava lesionado e, inclusive, precisava de ser operado ao joelho. No final do jogo não havia lesão nenhuma segundo o departamento médico da selecção. Das duas, uma: ou o Nélson Semedo se lesionou em casa, ou os médicos da selecção são incompetentes.

Talvez fosse plausível que o jogador do Benfica tivesse andado a jogar futsal à noite com o Talisca e se tivesse lesionado assim. Mas depois lembramo-nos do William Carvalho que, um belo dia, veio da selecção sem lesão nenhuma e, chegado ao Sporting, teve de parar até há bem pouco tempo.

Conclusão: há qualquer coisa de errado com o departamento médico da selecção. Se não conseguem perceber que os jogadores estão lesionados, então são incompetentes. Se o percebem e mesmo assim isso não consta dos relatórios, temos um problema bastante mais sério.

Problema tem também o Benfica. Quem é que vai para lateral direito numa altura em que há jogo fora com o Galatasaray e dérbi com o Sporting? O Sílvio? É preferível ir para lá eu. O André Almeida? Pode ser, se o Samaris conseguir continuar a fazer todo o meio campo como fez de cada vez que jogaram o Talisca ou o Pizzi. O Lindelof? É um solução plausível. Aliás, não percebo como é que, depois do Europeu de sub-21 que fez, nunca teve oportunidades.

Considerações sobre o jogo na Sérvia

  • Este Portugal - Sérvia faz-me crer que estamos num excelente caminho para sermos campeões da Europa em França. Além de termos 11 titulares fenomenais, temos um banco do caraças. Não podemos pedir mais nada.
  • As únicas razões pelas quais vi este jogo foram o Matic e o tempo de chuva que só dá vontade de estar no sofá com a manta por cima.
  • O Nani, para não variar, fez um jogo excelente. Marcou um golo aos cinco minutos que foi obra do Danny. Aos 85 minutos fez outro remate. Durante os restantes 80 minutos ninguém sabe bem onde é que ele esteve. Se ele jogasse sempre tanto como hoje estávamos nós muito bem.
  • O Matic é uma pessoa incrível. Viu que estávamos a jogar com menos um desde os 5 minutos (quando o Nani se ausentou) e fez para ser expulso. Aliás, tentou o vermelho mais cedo, mas não lhe foi concedido.
  • Dos 11 jogadores que começaram o jogo pela Sérvia, apenas um não tinha um apelido acabado em "ic". 
  • O José Fonte é claramente o melhor central português da actualidade. Porque é que ele não joga? É uma excelente pergunta.
  • O Nélson Semedo fez um jogo péssimo. Não me interessa. Chateava-me era se ele fizesse jogos destes no Benfica.
  • O Quaresma não deve saber fazer um cruzamento ou remate sem efeito. Eu gosto de ver uma trivela ocasionalmente, mas chega a um ponto que também chateia.
  • Voltando ao Matic. Este não é o Matic que eu conheço. A estadia no Chelsea está a fazer-lhe mal. De qualquer das formas é um jogador incrível daqueles como não vamos ver muitas vezes no nosso campeonato (se é que algum dia vamos ver um médio como ele).
  • Estamos sempre a falar mal do Éder, mas que atirem as primeiras pedras os portugueses que têm mais golos que ele na selecção. 
  • Precisamos de uma solução para o lugar de ponta-de-lança porque desde os tempos do Pauleta e do Nuno Gomes que ninguém marca golos na selecção. Proponho uma de duas soluções: ou o Fernando Santos convoca o Liedson, ou o Jonas começa a tratar de arranjar nacionalidade portuguesa.

5 razões pelas quais a selecção é melhor que a selecção

Não, não me enganei. Há mais do que uma selecção, mas é lógico que só uma delas merece a atenção de todos. O triste é que essa seja precisamente a pior. Em contrapartida tem descontos nos bilhetes em cartão continente e eu gosto sempre de ir ao continente e poder passar naquelas caixas self service "sem pagar". Para provar que estou certa (é raro, mas desta vez juro que estou), tenho um conjunto de razões pelas quais a selecção "dos putos" é melhor que a "dos velhos".








  1. Não existe Nani. É sem dúvida uma das principais razões. E quem diz Nani, diz outros tantos, mas convenhamos que o Nani é o que mais estorva no campo. Não acerta um passe (quando passa sequer a bola) e na maioria do jogo está a olhar para ontem. Talvez a recordar aqueles tempos em que o Fergusson era suficientemente burro para o deixar jogar no Manchester. Sem Nani há espaço para que jogadores a sério estejam em campo.
  2. Não perdem finais. Muitos podem estar já prontos para me corrigir e dizer que ainda há uns meses perderam o Europeu com a Suécia. Mentira. Portugal acabou o Euro sem uma única derrota. Na final empatou. A única razão pela qual não trouxeram o troféu para casa foi porque as regras do futebol são estúpidas. Penaltis não decidem quem é o melhor em campo durante 120 minutos. Para mim jogava-se até haver um golo. Isso ou atirava-se a moeda ao ar. O Benfica já se lixou assim, mas também já se lixou com penaltis e a táctica da moeda sempre cansa menos os jogadores e faz os adeptos terem menos ataques cardíacos. Com o nosso sistema nacional de saúde não nos podemos dar ao luxo de ter ataques à custa da bola.
  3. Não perdem com a Grécia. Notem que esta selecção perdeu a taça para a Suécia. Não é que a Suécia seja propriamente uma potência da bola, mas pelo menos a nível de economia está bem lançada. A selecção A conseguiu perdeu duas vezes no mesmo Europeu com um país que, financeiramente, ainda está pior que nós. Não duvido que a selecção A perdesse com a Grécia de hoje em dia. E com dois golos do Mitroglou que era para o Rui Patrício aprender quem é que manda. 
  4. Não têm recordes estúpidos. Ui, seis jogos a ganhar, é o recorde ainda dos tempos do Scolari. Não são mais jogos porque entretanto a Grécia deve ter aparecido como adversária. Os sub 21 passam a fase de qualificação para o Euro deste ano sem perder, o play off do mesmo e só perderam na final. Começaram também esta qualificação com duas vitórias. Fraquinhos.
  5. Jogam à bola. Tudo bem que este é o argumento menos interessante. Não interessa jogar bem se não se marcarem golos. A selecção A joga mal e safou-se bem neste apuramento. 9 golos em 7 jogos. Craques. Os sub 21 têm uns míseros 8 golos nos dois jogos de qualificação para o próximo Euro. E ainda têm espaço para nota artística. Na selecção A, no máximo, vemos umas fintas do Ronaldo a ele próprio ou um choro do Moutinho quando se atira para o chão digno de novela da TVI.
A questão que se impõe neste momento é: com tão bons resultados nas camadas jovens, como é que as selecções principais são sempre uma miséria? Podem vir-me com a lógica de "os grandes não apostam nos putos" ou "os putos não têm maturidade para jogar contra as selecções mais fortes". Mentiras. O que existe é medo. Medo de passar putos de 18 para a selecção principal. Putos como o Gonçalo Guedes e o Rúben Neves que são titulares nos dois maiores clubes portugueses. Dizer que não conseguem competir com os melhores é gozar com a nossa cara. O Rúben Neves ainda há dias capitaneou o Porto. Com 18 anos. O Gonçalo Guedes tem feito exibições de luxo no Benfica. Isto para não falar no Nélson Semedo que foi chamado à selecção principal e ficou no banco. Mas há alguém neste país que ache que o Cedrid ou o João Pereira é melhor que o Nélson Semedo? Se há, vão ver futebol.

Putos como o Gonçalo Paciência, o Bruno Fernandes, o Rony Lopes e aqueles de que já falei provavelmente nunca serão titulares na selecção principal, mas fariam um trabalho melhor do que a maior partes da pseudo estrelas que lá estão. Com isto não digo que a equipa deve ser deita apenas por miúdos. São precisos jogadores com experiência, mas não com más experiências!

A infelicidade de já estar no Euro

A selecção está apurada para o Euro 2016. Ora cá está uma excelente altura para aumentar impostos. Pessoalmente não posso dizer que estou muito contente com isto. Qual é a piada de ver a selecção qualificar-se directamente para uma grande competição? Faz-me falta fazer mil e uma contas e vai certamente fazer-me falta o relato do Nuno Matos nos jogos do play-off onde não estaremos. Onde é que já se viu uma qualificação quando ainda falta um jogo que nem vale a pena fazer porque a Sérvia há muito que está fora do Euro? Fernando Santos é uma miséria.


Mas, mesmo sendo uma miséria, parece-me lógico tratar já de um contracto vitalício para o treinador. É preciso prevenir a todo o custo que aconteça à selecção nacional aquilo que está a acontecer com a selecção grega. É possível que seja o karma a atacar. Mas eles continuam a ter uma taça e nós nada.

Notem que Portugal está no 4.º lugar do ranking da FIFA. É normal que a imagem da FIFA esteja cada vez menos credível. Uma equipa onde o Nani é titular nunca poderia ser a quarta melhor do mundo, sobretudo com exibições destas e com um golo por jogo. A jogar assim, nem a fase de grupo passamos em França. Com sorte jogamos com a Alemanha, levamos 10 e o Ronaldo, esse grande capitão, no final vem dizer "esta equipa é uma m*rda" (por outras palavras, mas vai ser isto). Ahh, o meu optimismo surpreende-me sempre!

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