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Isto É Peanurs

Questões que assolam a humanidade #22

 

Já alguém levou mesmo com um piano em cima?

 

É recorrente nas indústrias televisiva e cinematográfica vermos pessoas a passear na rua e a levarem com um piano em cima. Custa-me a crer que, do nada, alguém que nunca esteve perante semelhante situação tenha pensado “epa olha que meter um piano a cair em cima de uma pessoa que vai a passar na rua é capaz de dar uma boa cena cómica”. Assim sendo, como faço sempre, fui investigar. A internet diz que realmente já houve quem sofresse tamanho azar, mais precisamente em 1931 quando uma pessoa morreu mesmo enquanto passava na rua e viu um piano cair-lhe em cima mas, tirando este incidente, não consegui encontrar registo de mais nenhum.

 

Agora pensem comigo: será que quem achou que isto dava uma excelente cena de comédia é uma pessoa normal? Será que tinha amigos? Deixo-vos a pensar nisto.

Questões que assolam a humanidade #21

 

Qual é a diferença entre fettuccine e tagliatelle?

 

Eu adoro massa. Se tivesse de escolher uma coisa para comer para o resto da vida seria massa porque se pode fazer de mil e uma formas (isto para quem sabe cozinhar porque eu acabaria a comer massa com atum dia sim, dia não). Há dias, ao abrir um pacote de fettuccine, apercebi-me que há uns anos o continente vendia exatamente a mesma massa com o nome de tagliatelle. Como a minha mente já está programada para pensar nas grandes questões, comecei logo a interrogar-me sobre a diferença entre uma massa e outra. A nível estético eram iguais portanto seria de esperar que o sabor fosse diferente (como se a massa não soubesse praticamente toda ao mesmo). É igual.

 

Tudo isto levou a que eu fosse pesquisar sobre as diferenças entre uma coisa e outra (e nesta pesquisa descobri que há mais tipos de massas do que receitas de bacalhau). Há quem diga que fettuccine é mais larga e há também quem diga o contrário. Isto levou-me a concluir que são a mesma coisa: umas tiras largas de massa que eu deixo constantemente que se colem umas às outras enquanto as cozinho. Não feliz com esta conclusão, investiguei mais um pouco (porque eu gosto de vos dar todas as informações) e a único informação que encontrei em mais do que um sítio e que me pareceu aceitável foi o facto de serem realmente a mesma coisa mas o nome depender do local onde estamos. No norte de Itália come-se tagliatelle, no centro come-se fettuccine. É uma espécie de ténis (que os lisboetas insistem em usar como referindo-se a calçado como se não fosse um desporto) e sapatilhas. Portanto já sabem, se forem a Roma peçam fettuccine e se forem a Milão peçam tagliatelle. Ou então isto está tudo errado como a maioria das coisas que se encontram na net.

Questões que assolam a humanidade #20

 

O que é a Hora H?

 

É um restaurante de hambúrgueres em Espinho, uma música de uma cantora brasileira, um antigo programa do Herman José e, claro, uma expressão usada por toda a gente ainda que ninguém saiba de onde é que ela vem. Seria de esperar que esta fosse apenas mais uma expressão estúpida que os portugueses inventaram para tornar a nossa língua ainda mais difícil, mas tendo em conta que a expressão surge em vários idiomas, esta ideia deixa de fazer sentido na medida em que Portugal importou praticamente todas as suas palavras do latim, grego ou árabe. Exportar palavras e expressões seria um excelente negócio mas Portugal dá-se melhor com a exportação de calçado.

 

Assim sendo, uma rápida pesquisa pela internet (que, como se sabe, está inundada de sabedoria) permitiu-me perceber que esta expressão está associada a uma outra bastante similar: Dia D. Há quem diga que o Dia D vem da Segunda Guerra Mundial e que se refere ao dia 6 de junho de 1944, dia esse em que os aliados invadiram a Normandia. Foi isto que aprendi nas aulas de história, no entanto, este blog afirma que a expressão vem da Primeira Guerra Mundial. A Hora H define a hora exacta dos ataques. Seja qual for a verdade, a expressão provém da Guerra. Porque é que a usamos no dia a dia referindo-nos a coisas sem importância para o rumo dos acontecimentos mundiais? Não sei, mas penso que este blog já cumpriu o seu propósito de ensinar qualquer coisa às pessoas pelo menos uma vez na sua existência.

 

 

Questões que assolam a humanidade #19

 

O que é uma cabeça-de-alho-chocho?

 

Interessa antes de mais esclarecer a grafia desta palavra. Diz a internet (porque, sabe-se lá como, nunca necessitei de escrever tal coisa em toda a minha vida) que se escreve com hífen, mas parece-me que com o novo acordo ortográfico isso possa ter mudado. Havendo falta de fontes fiáveis, vou manter os hífenes.

 

Uma pessoa apelidada de cabeça-de-alho-chocho é uma pessoa distraída (pelo menos assim o diz um qualquer dicionário online). Questão respondida. O que me incomoda são os vários significados da palavra chocho tendo em conta que nenhum deles se aplica a distração nem nada que se pareça. E, de todos eles (que podem ver aqui), há talvez um que se aplique a alhos, que é o primeiro. Agora expliquem-me lá porque é que há pessoas que insistem em usar esta expressão...

 

Questões que assolam a humanidade #18

 

Porque é que os bebés têm meses em vez de anos?

 

Já vos aconteceu perguntarem a uma mãe a idade do filho bebé e ela dizer-vos "18 meses"? Claro que já. Há uma espécie de regra social que obriga os pais a responder a esta pergunta em meses em vez de anos para que o recetor da mensagem seja obrigador a exercitar o seu cérebro preguiçoso. Se por um lado acho que faz todo o sentido pôr em prática as milhentas aulas de matemática que serviram para pouco mais que nada, por outro acho uma perfeita estupidez que não se diga "um ano em meio" em vez de "18 meses". Se a data não for certa, arredonda-se que ninguém precisa de saber o número de dias exatos que a criança tem. Mas atenção, se isto é grave nas idades dos bebés, é ainda pior na gravidez. "De quanto tempo é que estás?" "De 31 semanas". A sério? Não dá para responder "quase 8 meses"? Tenho de ser eu a fazer as contas? Há uma solução para este problema que é que eu uso normalmente: não perguntem. Vão parecer desinteressados mas pelo menos não têm de se dar ao trabalho de fazer contas de cabeça.

Questões que assolam a humanidade #17

Quem é que assalto um banco com uma meia na cara?

 

Quem é que nunca viu num filme ou série um grupo de assaltantes a roubar qualquer coisa com uma meia de vidro a tapar a cara? Um grupo ou uma pessoa só, referi-me a um grupo simplesmente por ser ainda mais parvo um conjunto de pessoas suficientemente inteligentes para planear um assalto meterem uma meia na cabeça para o efeito. No meu tempo havia aquelas espécies de gorros que só mostravam os olhos. Reza a lenda que eram para esquiar mas como nunca esquiei, não posso comprová-lo. Bem, são uma espécie de burka mas em versão gorro. Um colega meu de escola tinha um e até lhe costumávamos perguntar se ele ia assaltar um banco de cada vez que vinha com aquilo na cara. Perguntávamos porque achávamos que era o indicado para que ninguém o reconhecesse. Com uma meia de vidro na cabeça, além de se tornar francamente mais fácil a identificação dos assaltantes, também o assalto acaba por ficar um pouco mais cómico, não é?

Questões que assolam a humanidade #16

Se o coração é assim…

 

 

 

Porque é que o desenhamos assim?

 

 

 

Ok, é uma pergunta parva porque a resposta é lógica: é uma questão de estética. Sejamos honestos, um coração desenhado na sua forma real seria horrendo e por isso mesmo faz sentido que não seja assim. Além disso, sem a forma do coração que conhecemos, imaginem como é que seriam os i love milka por exemplo. Já estou a imaginar um pequeno chocolate meio oval cheio de veias salientes. Melhor presente de Natal de sempre! Questões de estética à parte, o que me faz confusão é como é que alguém se lembrou de desenhar o coração do formato como o conhecemos. É que não tem nada a ver!!

Questões que assolam a humanidade #15

Porque é que os números das calças são pares?

 

Já pararam dois minutos para pensar sobre isto? Não? Ainda bem, porque é para isso que eu cá estou. Vivemos num país em que as calças são numeradas apenas com números pares. Porquê? Ninguém sabe. A mim até me dava jeito ter o número intermédio porque, como muita gente, sofro daquele problema de ter de comprar o número acima, que me fica um bocado largo, porque o imediatamente abaixo fica-me muito apertado. E, ainda dentro desta questão, é incrível o facto de as calças serem numeradas na casa dos 30 e dos 40. Não faria mais sentido começar logo a partir do 2? 

Questões que assolam a humanidade #14

 

Quem é que deu os cognomes aos reis?

 

Há coisas na vida para as quais a internet não tem resposta. Este é um desses casos (pelo menos na minha rápida pesquisa). Há imensos sites a explicar porque é que cada um dos reis tem determinado cognome, mas esta questão é bem mais complexa que isso. Pensem comigo: a monarquia começou em 1139 e acabou há pouco mais de 100 anos. Durante este período todos os reis tiveram cognomes e portanto está excluída a hipótese de ter sido uma pessoa a dar estas “alcunhas” aos reis. Assim sendo sobram-nos três opções:

 

1. Os cognomes iam sendo dados à medida que os reis morriam e eram dados consoante a herança mais relevante que deixavam. Por exemplo, D. Dinis é o Lavrador à custa do Pinhal de Leiria;


2. Os cognomes foram todos dados por uma pessoa depois de a monarquia acabar para dificultar o ensino de história;


3. Os vampiros são reais.


Honestamente, não sei qual é a hipótese menos parva até porque há vários pontos a ter em conta. A fazer fé na hipótese 1, a pessoa que deu o cognome de Gordo ao D. Afonso II ou tinha muito pouca imaginação, ou não fazia ideia do que é que ele fez no seu reinado (provavelmente não faz nada de relevante). Deviam ter arranjado um criativo publicitário com mais imaginação.

 

Já a hipótese 2 parece-me a menos lógica já que D. Sebastião tem como cognome “O Desejado” por causa daquela história de não haver sucessor ao trono. Ora, todos nós sabemos que D. Sebastião é famoso pelo seu desaparecimento em Alcácer Quibir e, por isso mesmo, se lhe fossemos dar um cognome hoje em dia, estaria relacionado com o seu aguardado regresso.

 

Conclusão: isto de os reis terem cognomes é estúpido e se alguém souber como é que esta moda começou, é favor dizer-me, porque eu adorava saber!

Questões que assolam a humanidade #13

 

Porque é que os papas mudam de nome?

 

A certa altura já todos nos perguntámos porque carga de água é que uma pessoa, chegada a Papa, tem de mudar o seu nome. Pior: o nome que escolhe é pronunciado de maneira diferente em cada país consoante a sua língua. Eu percebo que Joseph Ratzinger não seja propriamente um nome adequado a um papa, mas não vejo o problema em Jorge Bergoglio, por exemplo. E pior são os nomes que eles escolhem: uma falta de originalidade ao nível da primeira dinastia da monarquia portuguesa.

 

Como eu também cá estou para fazer serviço público (melhor que o da RTP, diga-se de passagem) ficam a saber que as coisas nem sempre foram assim. Só a partir do ano 533 é que os Papas começaram a mudar o seu nome. Porquê? Porque o Papa João II se chamava Mercúrio e achava mau ter o nome de um Deus pagão. Entretanto houve mais uns quantos que não mudaram de nome sendo que o último data do ano de 1522.

 

Já saem desta página mais inteligentes, certo? Também é para isso que a internet serve.