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Isto É Peanurs

Os plágios do Tony

Não, não venho mandar postas de pescada sobre as músicas que o Tony Carreira copiou até porque isto não é novidade nenhuma. Intriga-me bastante que, de entre todas as músicas que havia para serem copiadas, ele tenha escolhido estas, mas são opções. A minha reflexão sobre este assunto chega em formato musical. A música é um original meu (e qualquer semelhança que possam encontrar com outra é pura coincidência) e a letra é uma homenagem ao rei da música romântica portuguesa. Ignorem (tal como eu ignorei) o facto de este instrumental estar demasiado baixo para mim e a fraca qualidade da gravação.

 

 

P.S. Como eu sou uma pessoa que gosta de dar os créditos a quem trabalhou, o instrumental é daqui.

Facto

A única vez que ouvi Despacito foi na Feira de Maio em Leiria porque começou a dar no local onde eu estava. Não fazia ideia que aquela era a "música do momento" se uma amiga minha não me tivesse dito. Ouvi uns 20 segundos, não faço ideia qual é o ritmo, não sei nada da letra e é assim que tenciono continuar.

Letras com nota artística #9: "Pica do Sete"

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Já há uns tempos que me ando a questionar sobre esta música e sempre que a oiço penso "tenho de escrever sobre ela" mas, como todas as ideias que tenho, isso acaba esquecido naquele lugar do meu cérebro que armazenou toda a história da arte dada no 12.º ano. Na semana passada estava a ver a gala do Benfica e quem é que aparece para cantar? O António Zambujo. E o que é que ele canta? O Pica do Sete. Foi então que se fez luz. Atentem na letra:

 

 

"De manhã cedinho

Eu salto do ninho e vou p'rá paragem

De bandolete à espera do 7

Mas não p'la viagem

 

Eu bem que não queria

Mas um certo dia vi-o passar

E o meu peito céptico

Por um pica de eléctrico voltou a sonhar

 

A cada repique

Que soa do clique d'aquele alicate

Num modo frenético

O peito céptico toca a rebate

 

Se o trem descarrila

O povo refila e eu fico num sino

Pois um mero trajecto

No meu caso concreto é já o destino

 

Ninguém acredita no estado em que fica o meu coração

Quando o 7 me apanha

Até acho que a senha me salta da mão

Pois na carreira desta vida vã

Mais nada me dá a pica que o pica do 7 me dá

 

Que triste fadário que itinerário tão infeliz

Cruzar meu horário com o de um funcionário de um trem da Carris

Se eu lhe perguntasse se tem livre passe para o peito de alguém

Vá-se lá saber talvez eu lhe oblitere o peito também

 

Ninguém acredita no estado em que fica o meu coração

Quando o 7 me apanha

Até acho que a senha me salta da mão

Pois na carreira desta vida vã

Mais nada me dá a pica que o pica do 7 me dá"

 

Ponto 1: alguém disse ao Zambujo que não há nenhum elétrico com o número 7 em Lisboa? "Ó Jessica mas quem é que te diz que a história da música se passa em Lisboa?". É uma questão pertinente e basta olhar para o videoclip para perceber que este elétrico é, de facto, o 15 e não o 7 (até porque o 7 não existe). Se era para escrever uma música sobre elétricos, escolhia um número entre o 15, 18, 25 ou 28. Outra coisa interessante no vídeo é o tempo que demora o percurso. Notem que ela entra no elétrico "de manhã cedinho", anda um bocado, entretanto é noite e depois volta a ser dia. De facto já cheguei a fazer o percurso completo do 15 e parece demorar um dia inteiro.

 

Mas passemos à letra que é para isso que eu cá estou. Numas festas da terrinha há uns meses estava a dar esta música e eu comentei com a Sara a minha indignação em relação ao facto de não haver um elétrico 7 em Lisboa e foi aí que ela me alertou para outro problema nesta letra. Pensava eu que o rapaz ficava com a pica por causa da rapariga que estava no elétrico. Afinal não. Quem lhe dá pica é o pica ("mais nada me dá a pica que o pica do 7 me dá"). Claro que este verso funciona em termos métricos bastante bem e por isso faz sentido tê-lo na música. O problema é que no resto da música temos mais indícios de que o Zambujo está perdido de amores por um pica da carris, senão atentem nos versos: "E o meu peito céptico/Por um pica de eléctrico voltou a sonhar"  e "Cruzar meu horário com o de um funcionário de um trem da Carris".

 

Seria de esperar que estes fossem os únicos problemas desta letra, certo? Errado. Atentem na primeira estrofe: "De bandolete à espera do 7/Mas não p'la viagem". Calma lá, então ela está na paragem, à espera do elétrico mas não está à espera da viagem? Então está na paragem a fazer o quê? A apreciar a vista? Há muitos miradouros em Lisboa para fazer isso. 

 

(Eu sei que a quantidade de vezes que disse elétrico neste texto é absurda)

Preciso de ajuda

Estou a ouvir a mesma música há três dias non stop (não, não é a "Ao limite eu vou"). Quando não a estou a ouvir, quero-a ouvir. Quando penso que me livrei dela, lá vem aquele ritmo assombrar-me. E o pior é que ainda não a consegui decorar e portanto não a consigo cantar do início ao fim o que faz com que, de cada vez que chego a uma parte de que não me lembro, tenha de a ir ouvir outra vez. Isto está grave. Não consigo parar. Alguém conhece um grupo tipo alcoólicos anónimos mas para músicas?

Letras com nota artística #8: "Santa Claus Is Coming To Town"

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A pedido de várias famílias (ok, não foram várias famílias, foram umas duas pessoas que me perguntaram porque é que eu deixei de fazer isto) estou de regresso com mais uma letra com nota artística. À semelhança do que fiz no ano passado, vou analisar uma música de natal já que a época assim o exige. “Santa Claus Is Coming To Town”, a música de natal mais assustadora de sempre!

 

 

 

“You'd better watch out, you'd better not cry

You'd better not pout, I'm telling you why

Santa Claus is coming to town

 

He's making a list, he's checking it twice

He's gonna find out who's naughty and nice

Santa Claus is coming to town

 

He sees you when you are sleeping

He knows when you're awake

He knows if you've been bad or good

So be good for goodness' sake”

 

Esta é uma das músicas mais ouvidas todos os natais e é das minhas preferidas mas há que reconhecer que a forma como o pai natal é descrito nesta letra é absolutamente assustadora. O primeiro verso da música avisa-nos logo para termos cuidado. Cuidado? Então mas não é suposto o pai natal ser extremamente simpático e amigo? Andaram a enganar-me uma vida toda. Logo a seguir dizem-nos que é melhor não chorarmos nem fazermos beicinho. Quer isto dizer que o pai natal não se comove com qualquer coisa. Tantos anos de trabalho devem tê-lo tornado insensível.

 

Quadra seguinte e vemos que o pai natal está a fazer uma lista que depois irá rever, não vá ele ter posto alguém que não merece receber presentes na lista. E para fazer esta lista vai descobrir quem se portou mal e bem. Sempre me disseram que quem se porta mal não recebe nada do pai natal mas a verdade é que toda a gente recebe alguma coisa, não é? (Eu cheguei a uma idade em que deixei de receber, mas vamos excluir o meu caso). Além disso medir o comportamento de uma pessoa ao longo de 365 é extremamente difícil para não falar na definição de bem e mal que não pode ser feita por um sujeito que vive na Lapónia e só sai de casa uma vez por ano.

 

Mas o mais preocupante é o que vem a seguir: “He sees you when you are sleeping, he knows when you're awake”. Espera lá, isso quer dizer que o pai natal é omnipresente como Deus ou quer dizer que há câmaras de vigilância escondidas em nossas casas para que ele possa ver tudo o que se passa no conforto do seu sofá? É que se for a segunda opção, então o pai natal é capaz de não ser assim tão simpático como se pensa.

Então o Bieber fez playback?

Isso é óptimo para os pais daquelas atrasadinhas que acamparam no parque das nações dias antes do concerto perceberem que se calhar (só se calhar) deviam tê-las proibido de fazer isso. Enquanto isso suponho que elas continuem a adorá-lo, certo? Se calhar sou só eu, mas se um artista fizesse playback num concerto que eu paguei para ver, ficava a odiá-lo para o resto da vida. Mas isto sou eu que sou uma antiquada.

A (minha) música de apoio à selecção

Tenho ouvido muita gente a queixar-se da música e apoio à selecção para este Euro. Uns dizem que é uma seca. Outros dizem que a letra é péssima e há ainda quem diga que já vamos com música de funeral e ainda nem começámos a jogar. E depois há aqueles como eu que dizem isto tudo. Ora, dizer mal é muito fácil, mas não vi ninguém a tentar fazer melhor. É por isso mesmo que eu cá estou. Por isso e para provar a quem me conhece que consigo sempre alcançar um novo nível de estupidez. Tentei, em meia hora, fazer melhor (ênfase no tentei) e o resultado foi este:

 

 

 

A ideia inicial era fazer com uma música dos Dama ou do Anselmo para espelhar melhor o gosto musical da maioria dos portugueses, mas ninguém tem noção do quão complicado é arranjar instrumentais de músicas portuguesas. Acabei por encontrar a "Única Mulher" que ia substituir por "única selecção" mas acontece que, à semelhança do Anselmo, também me custa bastante atingir aquela nota mais alta e como as minhas qualidades de edição de som não são lá grande coisa optei por não arriscar.

 

Vale a pena esclarecer algumas coisas: eu não sou o Pedro Abrunhosa. O meu nível de canto resume-se ao "canto ao volante" e é quando não estou acompanhada. Também não tenho os recursos técnicos dele e portanto a gravação não poderia sofrer edições. Gravação essa feita com o gravador do computador (com imensa qualidade como devem calcular).

 

Outra coisa importante que quero esclarecer é o facto de eu dizer "Austría". Eu sei perfeitamente que se diz Áustria, mas a mudança de sílaba tónica deu-me imenso jeito para efeitos de rima. Por falar em rima, vocês sabem lá o que é arranjar uma palavra que rime com croissants. Pensei em trocar para baguete, mas não era grande solução, tendo em conta que só me conseguia lembrar de croquete.

 

Last but not least, isto foi feito em meia hora (escrever a letra e gravar a voz) por alguém que se interessa bem mais pelo seu clube do que pela selecção. Se eu fiz isto em meia hora, o Abrunhosa conseguia bem melhor em 5 minutos e mesmo assim apresentou a pior música de apoio à selecção de sempre.

A Eurovisão ainda existe e é esta semana!

Para os mais distraídos fica a notícia: o Festival Eurovisão da Canção está vivo e de boa saúde e é esta semana. Terça e quinta são as semi-finais e sábado a grande final. Portugal não participa mas também não faz falta, porque músicas más já há muitas. A edição deste ano de facto não é grande coisa (pelo menos para o meu gosto musical), mas vou deixar que sejam vocês a avaliar isso. Deixo-vos com um recap das 42 músicas a concurso (eram 43 mas a Roménia foi desclassificada) e com algumas das músicas de vários géneros (com algumas das minhas favoritas e outras nem tanto). E deixo-vos também o link para um texto com um conjunto de razões para ver a edição deste ano.

 

Recap:

 

 

Rússia:

 

 

França:

 

 

República Checa:

 

 

Ucrânia:

 

 

Espanha:

 

 

 

 

Chipre:

 

 

Letónia:

 

 

 

Estónia:

 

 

Austrália:

 

 

 

E para aqueles que pensam que a Eurovisão é um festival de músicas péssimas, deixo-vos também algumas daquelas que são para mim algumas das melhores músicas e/ou atuações deste século.

 

Sérvia 2007:

 

 

 

Arménia 2014:

 

 

Azerbaijão 2013:

 

 

 

Grécia 2011:

 

 

Sérvia 2004:

 

 

Turquia 2010:

 

 

 

Grécia 2001:

 

 

Itália 2015:

 

 

 

Hungria 2014:

 

 

 

Estónia 2012:

 

 

 

Estão convencidos a ver a Eurovisão este ano? Basta ligar a TV na RTP terça e quinta às 22h (em diferido) e sábado às 20h.

"Ouves música muito estranha"

Oiço constantemente isto da parte dos meus amigos. Não que eu costume partilhar o que oiço, mas de vez em quando lá acontece alguém perguntar-me quais os meus artistas preferidos ou pedir-me para ouvir música comigo. Quando isto acontece a reação é sempre a mesma: "és mesmo estranha, não ouves nada conhecido?". Oiço. Até muita coisa. Possivelmente não as músicas da rádio, mas oiço desde The Script a Michael Bublé, Jamie Cullum, Keane, U2, David Fonseca... Só que não oiço só isso.

 

Não gosto daquele cliché de "sou muito eclética", porque não sou. Gosto de rock e derivados, mas também consigo ouvir jazz, pop ou o maior lixo musical da história. Se for preciso oiço Antena 2 sem problemas, mas não gosto que a rádio defina o que eu oiço. Já pararam para pensar na quantidade de artistas que existem no mundo e de quem nunca ouviram falar? Eu já. São muitos. Da mesma forma que há em Portugal bons artistas que ninguém conhece no estrangeiro, também os há noutros países.

 

Também me faz confusão que as pessoas se questionem como é que eu consigo  ouvir música em mil e uma línguas. É fácil amigos: não ouvem também em inglês? A lógica é a mesma. Se a música é uma linguagem universal, não precisamos de perceber tudo o que é dito. E se preciarmos, há uma coisa chamada internet. 

 

Neste aspecto, ser fã da Eurovisão é muito produtivo. A Eurovisão é, de facto, um produto há muito ultrapassado em Portugal, mas cada vez com mais importância em vários países europeus. E por muito que eu ache que as músicas são, na sua maioria, péssimas, de que outra forma é que eu iria conhecer artistas absolutamente fenomenais? Para vos dar uma ideia, tenho 400 e tal músicas no meu mp3 (e há muitas a mais e outras tantas em falta por preguiça) provenientes de 29 países diferentes e em 10 línguas diferentes (português, inglês, grego, sueco, estónio, sérvio, espanhol, francês, italiano e hebraico). Talvez seja estranho, mas é verdade. É por isso que hoje vos trago 10 canções de 10 artistas de 10 países diferentes. A maioria são numa língua que não o inglês. Desafio-vos a ouvir tudo até ao fim!

 

Arménia: Aram Mp3 - Garun A

 

 

Chipre: Loucas Yiorkas - Stin Ousia

 

 

Estónia: Ott Lepland - Kuula

 

 

Grécia: Helena Paparizou - Porta Gia Ton Ourano

 

 

Israel: Harel Skaat - Muvan Li Achshav

 

 

 Itália: Marco Mengoni - Pronto A Correre

 

 

Montenegro: Sergej Ćetković - Ne Živim Ja

 

 

Noruega: Alexander Rybak - Roll With The Wind

 

 

 

Sérvia: Zeljko Joksimovic - Ledja O Ledja

 

 

Suécia: Måns Zelmerlöw - Run For Your Life

 

 

E se fosse em português?

Esta não é a ideia mais parva que já tive, mas estará seguramente no top 10 das mesmas e deve ser a mais parva que alguma vez ganhou vida. Eu sei, já ninguém consegue ouvir "Hello" da Adele e é por isso mesmo que vos trago uma versão alternativa. Uma em que podemos apreciar as esplendorosas palavras que a cantora canta. Engane-se quem pensa que "Hello" é apenas uma música dedicada a um qualquer ex-namorado. "Hello" é muito mais que isso. É a história de uma stalker que liga mil vezes ao ex-namorado, a história de alguém que se queixa de o ex-namorado não lhe atender o telefone e segundos depois lhe pergunta se ele já saiu daquela casa onde morava! 

 

"Olá, sou eu" é o primeiro verso desta fantástica versão que eu fiz o favor de traduzir para que todos percebam que esta letra não faz chorar ninguém a não ser por ser tão ridícula. A voz ficou a cargo da pessoa que conheço que melhor conseguiria interpretar tal canção - obrigada Rita por teres aceite cantar esta parvoíce. Quem quiser ouvir a Rita a cantar coisas menos parvas, é subscrever o canal de youtube dela aqui. Obrigada também a todos quantos perdem o seu tempo a gravar tutoriais para o youtube. Sem vocês nunca seria capaz de importar um ficheiro para o Adobe After Effects, quanto mais fazer um vídeo de 5 minutos.

 

Sem mais demoras, e porque, como diz o Agir "o tempo é dinheiro, fiquem com esta "obra de arte":