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Isto É Peanurs

Ainda não foi desta que D. Sebastião apareceu

Imagem: DN

Às vezes gostava que o D. Sebastião aparecesse mesmo. Por dois motivos: alguém tinha descoberto o remédio para viver toda a eternidade (ou, pelo menos, alguns séculos) mas, ainda mais importante, as piadas acabavam. Sempre que há nevoeiro há um engraçadinho que faz a piada do D. Sebastião. Sempre. Ontem na Madeira não foi excepção. O problema é que ele bem podia aparecer que ninguém dava por nada.

Quantas vezes é que isto já aconteceu? Ninguém sabe, mas foram muitas. É capaz de ser altura de a Liga arranjar uma solução.

O Porto deu 4 ao Sá Pinto. Curiosamente, com um jogo a menos, o Benfica tem o mesmo número de golos que o Porto.

O "Sulimani" marcou três golos. O Jonas, com um jogo a menos, tem mais dois golos marcados na Liga que ele.

Estamos fortíssimos.

Em ligas mais interessantes que as nossas, o Brendan Rodgers foi despedidio. Achava que este dia nunca ia chegar, mas chegou. Venha o Klopp.

O Van Gall está muito bem. Foi humilhado pelo Arsenal. Nem o Moyes conseguia tamanha proeza.

Falando em proezas, vamos tirar uns minutos para rir da cara do Mourinho. Dou-lhe até ao final do mês para ser despedido.

O Lewandowski continua fraquinho, também.

Sobre as eleições #2

Não, não sou expert em política apesar de poder dar essa ideia já que ontem já mandei uns bitaites antes das eleições. Acontece que, mesmo não tendo muito para dizer, apetece-me tecer alguns comentários sobre o acto eleitoral.

Os portugueses estão satisfeitos. Eu tinha a impressão que não, mas parece que era mesmo só eu e mais meia dúzia de pessoas. Curiosamente não há comentários de apoio ao governo nas redes sociais, o que me leva a concluir uma de duas coisas:

  • Ou as pessoas que votaram na coligação têm vergonha na cara e não o andam a gritar aos sete ventos (ao menos isso);
  • Ou, de facto, ninguém votou na coligação e voltámos àqueles tempos em que os mortos também tinham direito de voto. Nada contra, mas é capaz de ser irrelevante para os mortos quem é que governa o país.
Ao longo destes últimos quatro anos vi as pessoas queixarem-se tanto ou mais do que na altura em que o Sócrates era PM. Não há emprego (e não me venham com a lenga-lenga dos 11.9% de desempregados porque toda a gente sabe que é mentira), o ordenado mínimo não dá para viver (sim, a pagar renda de casa e contas sobra muito para comer), os jovens ou emigram ou fazem estágios do IEFP, há milhares de professores desempregados para dar lugar a uns que nem 1+1 sabem somar, o serviço nacional de saúde é uma miséria, e estava nisto o dia todo. Mas estamos muito bem. Viva a austeridade. Viva o governo da Merkel. Viva os submarinos que o senhor "demito-me irrevogavelmente" achou serem estritamente necessários ao país (não fosse um cardume de sardinhas atacar). Viva Portugal e viva os portugueses. Se os portugueses estão satisfeitos, quem sou eu para criticar.

Lembram-se de a generalidade dos portugueses criticarem os gregos quando estes voltaram a eleger o Syriza? Pois. Sabem qual é a diferença entre nós e os gregos? É que eles renegociaram ao máximo o plano de austeridade. Eles tiveram direito a dar a sua opinião via referendo. Nós tivemos mais austeridade do que a troika exigia. Isto e o facto de eles terem sido campeões da Europa em 2004 e nós continuarmos com a eterna promessa de vencer qualquer coisa. Mas, mais uma vez, se os portugueses estão felizes, quem sou eu para criticar? 

P.S. É importante referir que não percebo nada de política.

Sobre as eleições

Quando cheguei a casa depois de ir votar a minha mãe, que faz parte daquele grupo desprezível de pessoas que não vota, tinha a televisão ligada na TVI. Não é costume. Confesso que tenho por hábito ver as notícias na RTP, mas os meus pais gostam de notícias de mortos e afins.

Assim sendo acompanhei com muito agrado o momento em que José Sócrates votou. Mas acompanhei ainda com mais agrado o seu regresso a casa. Para os que estavam a ver notícias na SIC ou na RTP, perderam um grande momento de televisão.

Um câmara da TVI seguiu o carro onde ia José Sócrates desde o Marquês, onde o ex-primeiro ministro votou, até ao até à residência da ex-mulher. Foi fantástico. Não me parece sequer que mais algum canal pudesse cobrir tão bem este caminho. Isto é que é informação de qualidade. O que me interessa verdadeiramente hoje é saber que José Sócrates passa pela Avenida da República para chegar a casa. Também gostava de saber o que é que ele almoçou, mas não se pode ter tudo.

Noutros assuntos, temo que o meu voto não conte por não ter tirado nenhuma foto ao boletim de voto. E não tirei por dois motivos bastante simples:

  • Os boletins são TODOS iguais (à excepção daquele que circula por aí com o suposto voto no Bruno de Carvalho) e portanto é inútil eu colocar um foto no instagram com uma coisa que já todos vimos. A menos que eu votasse no partido do Marinho Pinto. Mas nem sei qual é.
  • Eu desisti de ver quem eram os partidos a concorrer assim que encontrei aquele em que votei. Por acaso não havia fila onde eu votei, mas deve ser complicado haver filas e o pessoal ter de ler o nome dos partidos todos. As eleições tinham de durar um mês.
Entretanto apraz-me ainda dizer que sou a favor de uma multa para todos aqueles que não vão votar. Se não gostam de ninguém, votem em branco. De certeza que hoje há maioria absoluta de abstenção. Se essa gente votasse toda em branco, a participação era relevante, assim não. Já para não falar da rapidez que é votar em branco. É chegar e dobrar o papel. Não custa nada.

Entretanto, levantei-me antes das 13h para ir votar porque às 13h30 jogava o Liverpool e às 16h o Benfica. São 16h40 e o Benfica ainda não começou e provavelmente só começa daqui a umas semanas. Se calhar alguém começava a pensar nisto, não?

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